Por 224 a 135, governistas negam prioridade tornar pedofilia crime hediondo

o Executivo nem ao menos destinou orçamento suficiente para o combate à pedofilia e não houve a preocupação de execução do pouco recurso destinado.

Por 224 a 135, governistas negam prioridade tornar pedofilia crime hediondo | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O projeto de Lei que torna a pedofilia crime hediondo foi derrotada nesta quarta-feira (19) na Câmara dos Deputados, por 224 votos a 135. Foram determinantes para esse resultado os partidos governistas, que orientaram suas bancadas a votar contra a inversão da pauta para viabilizar a discussão do texto. Legendas como PL, PP e Republicanos passaram orientação a seus parlamentares para votarem contra a prioridade. 

"Isso demonstra que a prioridade do atual governo nunca foi a defesa das crianças e adolescentes", disse à coluna a deputada Vivi Reis (PSOL-PA), que votou a favor da inversão de pauta para que o PL fosse discutido. Ela destaca que o Executivo nem ao menos destinou orçamento suficiente para o combate à pedofilia e não houve a preocupação de execução do pouco recurso destinado.

Governistas negam prioridade tornar pedofilia crime hediondo (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)"Para a base do governo é mais importante blindar o presidente do que aprovar projetos efetivos sobre o combate a pedofilia", criticou ela. O PSOL, assim como PT, PCdoB e Cidadania orientaram voto a favor da prioridade para o projeto. Houve exceções na base governista, como Carla Zambelli (PL-SP) e Clarissa Garotinho (União-RJ), mas a grande maioria desse grupo votou contra a prioridade.

"Não existe mais senso de família, senso de humanidade", lamenta o deputado Junior Bozzella (União-SP), que votou para priorizar o projeto que torna hediondo o crime de pedofilia, indo contra a orientação do seu partido. "Não existe mais convicção, mas sim interesse no Orçamento Secreto", disse.

Vivi Reis observa que quando a oposição apresentou o PL para discussão, a base governista esvaziou o plenário. "Não se trata apenas de o governo não dar prioridade ao projeto, mas sim de não aceitar a proposta principal, o mérito do texto", alerta.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES