Por excesso de pedidos, governo cancela reuniões com grevistas

Segundo entidades ligadas aos grevistas, ao menos 300 mil servidores estão parados.

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O Ministério do Planejamento cancelou diversas reuniões agendadas para esta semana e a próxima com representantes dos servidores federais para discutir a greve, que já atinge ao menos sete ministérios e 30 órgãos públicos, entre eles as agências reguladoras e a Receita Federal.

Segundo entidades ligadas aos grevistas, ao menos 300 mil servidores estão parados.

Oficialmente, a pasta afirma que o motivo foi a extensa lista de pedidos de propostas de reajuste e reestruturação de carreira apresentada por servidores federais, que precisam ser analisadas diante do cenário de crise econômica internacional.

O governo afirma que todas elas somam um impacto de R$ 92 bilhões nos cofres públicos, cerca de metade do que hoje é gasto com o funcionalismo público federal.

Mas a falta de um acordo com os docentes de universidades federais, que já recusaram uma proposta feita pelo governo, vem afetando o cronograma de discussões, segundo apurou a reportagem.

"É um tempo em que você poderia estar cuidando de outras categorias", afirma um dos assessores do Ministério do Planejamento.

Ao todo, a pasta teria cinco técnicos para lidar com as diversas demandas dos servidores. Com isso, a sobrecarga de trabalho viria afetando o prazo colocado pelo governo -o inicial se encerra hoje.

Para os grevistas, o cancelamento é sinal de que o governo não tem uma proposta concreta de reajuste.

"O governo não é capaz de cumprir seu próprio cronograma. Isso vai se transformando numa situação absurda", afirma Sérgio Ronaldo, da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal).

"Querem desgastar a categoria. Isso nos deixa indignados e faz com que a greve se fortaleça", completa.

Nas universidades, ainda não há uma previsão para o fim da greve. Segundo o Andes (sindicato dos docentes), ao menos 10 das 59 federais rejeitaram a segunda proposta de reajuste feita pelo governo.

A segunda oferta aumentou em R$ 280 milhões o impacto final do reajuste, saltando de R$ 3,9 bilhões para R$ 4,18 bilhões em três anos.

O ministro Aloizio Mercadante (Educação) voltou a afirmar ontem que essa é a oferta final do governo.

Representantes da categoria terão uma reunião no Ministério do Planejamento amanhã para apresentar uma posição oficial sobre a proposta.



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