PP-AL usa dinheiro público para alugar imóvel de madrasta de Arthur Lira

O imóvel era cedido gratuitamente ao partido; mas, a partir de 2020, o PP passou a pagar mensalidades à Tereza Palmeira

PP faz transferências financeiras mensais a madrasta de Lira | REUTERS/Ueslei Marcelino
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O diretório do Partido Progressistas (PP) - o qual integrou a base aliada do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - usa verba pública do Fundo Partidário para alugar um ponto comercial da madrasta do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, no estado de Alagoas. Todo mês, a legenda transfere um valor de R$ 5,6 mil para Tereza Palmeira, segundo informações do jornal O Estado de São Paulo.

Tereza é proprietária do ponto comercial onde funciona a sede estadual do PP no bairro Jatiúca, região central de Maceió. Ela é casada com Benedito de Lira, pai do deputado federal e prefeito de Barra de São Miguel (AL).

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Até o dia 02 de dezembro de 2019, o imóvel era cedido ao partido de forma gratuita. Na data, Tereza e Benedito de Lira recusaram a renovação do contrato de cessão gratuita e firmaram um novo acordo; dessa vez, houve a cobrança de mensalidades.

A partir de 2020, o PP de Alagoas começou a fazer depósitos de R$ 4,5 mil periodicamente pelo uso do ponto. Quantia essa que sofreu reajuste, em 2021, para valor de R$ 5,6 mil.

Até dezembro de 2022, a sigla depositou um montante de R$ 191,9 mil para os pais do presidente da Câmara dos Deputados. No ano passado, o diretório recebeu R$ 6,8 milhões do Fundo Partidário, de acordo com dados informados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O diretório alagoano paga o aluguel para a madrasta do parlamentar com cheques assinados por Benedito de Lira. Vale mencionar que o setor financeiro do PP de Alagoas é comandado pelo primo de Arthur Lira: Mac Merrhon Lira Paes.

Quando questionados sobre o número de parentes envolvidos na estrutura interna do partido e os valores transferidos, a família Lira optou pelo silêncio.

Nesta segunda-feira (26), outra matéria do Meio Norte revelou que o congressista emprega um número robusto de parentes e aliados políticos - dentre eles, enteada, primos e parentes de um amigo investigado pela Polícia Federal (PF) - em postos-chave da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a chamada "estatal de Lira" em Brasília. Os contratados recebem salários que ultrapassam a casa dos R$ 25 mil por mês.



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