Prefeito Ricardo Nunes diz que foi traído e decide demitir Marta Suplicy

Nunes expressou sentir-se traído por uma articulação feita “pelas costas” e considerou Marta uma grande decepção.

Marta Suplicy era secretária na gestão de Ricardo Nunes | Reprodução
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prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do MDB, tomou a decisão de demitir Marta Suplicy da secretária de Relações Internacionais. A demissão foi motivada após Marta aceitar o convite para ser vice na chapa do pré-candidato Guilherme Boulos, do PSOL. O encontro entre Nunes e Marta aconteceu no gabinete do prefeito, durando aproximadamente uma hora.

Marta Suplicy deixou o prédio pelo elevador interno, sem falar com a imprensa. A reunião contou com a presença do secretário de Governo, Edson Aparecido, e do marido de Marta, o empresário Marcio Toledo. 

A irritação de Nunes atingiu seu ápice devido à reunião de Marta com o ex-presidente Lula no dia anterior, sendo a razão determinante para sua demissão. Fontes indicam que o prefeito entregará uma carta à ex-prefeita, apontando uma "quebra de confiança" como motivo para a demissão. Essa carta é vista como parte da estratégia de marketing da campanha de Nunes.

A aliados, Nunes expressou sentir-se traído por uma articulação feita "pelas costas" e considerou Marta uma grande decepção. Além disso, a amizade entre a esposa do prefeito e Marta aumenta a sensação de traição, especialmente porque a ex-prefeita se unirá ao principal rival na corrida eleitoral.

Nunes acusa o marido de Marta de ter influenciado a negociação com o PT, sugerindo uma possível reaproximação com o partido, que retornou ao poder. A decisão de Marta integrar a chapa de Boulos ocorre em meio à proximidade do prefeito com o ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto em 2022, ela apoiou a candidatura de Lula.

Negociação é conduzida pelo PT

Ao ser questionado sobre acordo com Marta, o pré-candidato Guilherme Boulos não confirmou nem negou, afirmando que a negociação está sendo conduzida pelo PT. Ele elogiou a ex-prefeita, destacando seu legado na capital paulista.

O acordo para a vice foi acertado entre PT e PSOL, envolvendo a desistência de Boulos em 2022 para apoiar Fernando Haddad, em troca do apoio do PT na corrida à prefeitura em 2024. Esta será a primeira vez, desde 1985, que o PT não terá um candidato próprio a prefeito em São Paulo.

Marta Suplicy foi ex-prefeita de São Paulo, governou a cidade no período de 2001 e 2004 pelo PT, mas deixou o partido em 2015, filiando-se ao PMDB na época. Embora tenha votado a favor do impeachment de Dilma em 2016, ela manteve uma relação próxima com Lula. A sua decisão de se unir a Boulos representa um novo capítulo em sua trajetória política.



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