Promotora Deborah Guerner e o marido são libertados

O casal estava preso desde o dia 20 de abril na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A promotora de Justiça Deborah Guerner e o marido dela, Jorge Guerner, foram soltos às 23h12 desta quinta-feira (28), após decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Napoleão Nunes Maia Filho (leia a íntegra da decisão).

O casal estava preso desde o dia 20 de abril na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Na quinta-feira passada (21), o ministro João Otávio de Noronha, também do STJ, havia negado pedido de liberdade em favor da promotora.

Deborah e o marido saíram no carro do advogado. Eles realizaram exames de corpo de delito dentro da carceragem da PF - necessários para a libertação -, e não precisaram ir ao Instituto Médico Legal (IML), onde normalmente são realizados os exames desse tipo.

Após a expedição da liminar pelo ministro do STJ, a desembaragora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) Mônica Sifuentes, que assinou o mandado de prisão, emitiu o alvará de soltura. A defesa de Guerner foi quem entregou o alvará na sede da PF.

Deborah Guerner é suspeita de forjar insanidade mental para não responder processo em que é acusada de corrupção.

Momentos antes da soltura, o advogado de defesa da promotora Pedro Paulo de Medeiros disse que a divulgação das imagens dos diálogos entre a promotora e o psiquiatra não vão inteferir na estratégia de defesa. "A orientação pelo que vi, penso que não prejudica. Porque o doutor era assistente técnico da defesa. Ele é parte da defesa e essa era a obrigação dele, ajudar a defesa."

A promotora é investigada em pelo menos três processos relacionados ao suposto esquema de corrupção envolvendo membros do Executivo e Legislativo do Distrito Federal, conhecido como mensalão do DEM. Ela nega participação.

Soltura

Na avaliação do ministro do STJ que concedeu a liberdade, "a prisão não está afinada com a proteção que o sistema jurídico confere ao direito de ir e vir".

Guerner e o marido foram presos ao retornar de uma viagem à Itália. No pedido de prisão, o Ministério Público argumentou que eles não poderiam se ausentar do país sem autorização judicial.

Na decisão, o ministro afirmou que o casal não estava impedido de sair do país e também poderia se negar a comparecer diante do procurador do MP caso não estivesse em Brasília.

?Sempre confiei no Judiciário. Se ele eventualmente é levado a erro, ele se corrige. Os direitos fundamentais foram respeitados?, afirmou o advogado do casal, Pedro Paulo de Medeiros.

Na decisão, o ministro entendeu que a suspeita de forjar laudos para simular insanidade não interferiria no processo, porque os mesmos laudos foram analisados por peritos oficiais.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES