PSC decide manter Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos; veja!

Deputado sofre pressão por declarações tidas como homofóbicas e racistas. Dirigente do PSC diz que deputado é ficha limpa e foi eleito para o posto

Avalie a matéria:
Deputado Marco Feliciano | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O vice-presidente nacional do PSC, Everaldo Pereira, afirmou nesta terça-feira que o partido irá manter o apoio ao presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano (PSC-SP), para permanecer no comando da comissão. Desde sua indicação, o deputado sofre pressão para deixar o posto por conta de declarações consideradas homofóbicas e racistas.

Segundo o dirigente da sigla, o PSC "não abre mão" da indicação de Feliciano. A decisão foi anunciada após reunião da Executiva e da bancada do PSC na Câmara, na tarde desta terça.

"Quero pedir respeitosamente que as lideranças de partidos da Casa respeitem a indicação do PSC. Informamos aos senhores que o PSC não abre mão da indicação feita. O deputado Marco Feliciano foi eleito pela maioria dos membros da comissão. Se tivesse sido condenado pelo Supremo nem teria sido indicado", afirmou o Everaldo Pereira.

"Feliciano é um deputado ficha limpa, tendo então todas as prerrogativas de estar na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias", completou.

O deputado apareceu na Câmara nesta terça, mas preferiu não responder quando questionado se iria ou não renunciar. Abordado por jornalistas no caminho para a sala da comissão, disse: "É só olhar para o meu rosto".

Mais cedo, nesta terça, o líder do PSC na Câmara, deputado André Moura (SE), já dissera que não admitirá que seu partido seja forçado a destituir Feliciano. Na semana passada, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), cobrou do PSC uma solução até esta terça para o caso de Feliciano; disse, na ocasião, que a situação do deputado era "insustentável".

Feliciano enfrenta protestos desde que foi indicado, no início de março, para comandar a Comissão de Direitos Humanos. A pressão se avolumou na semana passada após o deputado ter divulgado um vídeo que diz que as manifestações eram "rituais macabros".

O deputado também é alvo de uma denúncia da Procuradoria Geral da República que o acusa de suposta homofobia e uma ação penal na qual é denunciado por estelionato. A defesa do parlamentar nega as duas acusações.

Apoio a Dilma

Antes de anunciar a permanência de Feliciano, o vice-presidente do PSC iniciou a declaração à imprensa contando a história do apoio da sigla ao PT e aos governos do ex-presidente Luz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

"Apoiamos a candidata Dilma Rousseff mesmo diante das declarações de que ela não sabia se acreditava em Deus e sobre o aborto. O PSC apoiou Dilma sem recriminá-la", disse Everaldo que, em seguida pediu que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), respeite a decisão do PSC.

"Foi escolha do PSC indicá-lo para a presidência da comissão. E nós do PSC entendemos que o pastor Marco Feliciano não é racista ou homofóbico. Pode ter havido declarações impertinentes, mas o deputado Marco Feliciano não é racista ou homofóbico", afirmou o presidente do PSC.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES