Relator do mínimo no Senado, Jucá tentará derrubar emendas

Líder do governo na Casa, Jucá trabalha para manter os R$ 545 aprovados na Câmara

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Romero Jucá | Divulgação
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O governo escalou o senador Romero Jucá (PMDB-RR) para relatar no Senado o projeto que eleva o salário mínimo para R$ 545.

Líder do governo na Casa, Jucá trabalha para manter os R$ 545 aprovados na Câmara --o que deve ocorrer sem sobressaltos no Senado.

A orientação é para que o peemedebista tente derrubar todas as emendas ao texto --evitando, assim, que o projeto retorne para mais uma votação na Câmara.

Pelo regimento do Congresso, se um projeto sofrer alterações durante a tramitação no Senado, precisa retornar para uma nova votação no plenário da Câmara --onde o governo não quer um novo desgaste com a base aliada.

"Estamos trabalhando para não ter emendas. É uma matéria polêmica, mas estamos confiantes na nossa proposta", disse Jucá.

O líder vai apresentar requerimento de urgência para que o projeto seja votado diretamente no plenário da Casa, sem passar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

O presidente da CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), fechou acordo para designar Jucá como relator e, na sequencia, levar o projeto para o plenário. A votação vai ocorrer na quarta-feira (23).

MAIORIA

Pelos cálculos governistas, pelo menos 57 senadores que integram a base aliada vão votar a favor do mínimo de R$ 545.

O governo precisa de apenas 41 votos (maioria simples) para aprovar o texto. Haverá dissidências, algumas já anunciadas, como os senadores Paulo Paim (PT-RS), Roberto Requião (PMDB-PR), Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) e Ana Amélia Lemos (PP-RS).

Paim vai apresentar emenda que aumenta o mínimo para R$ 560. O petista argumenta que, como o governo vai ampliar o valor a partir de janeiro, tem condições de antecipar parte do reajuste para viabilizar a diferença de R$ 15 ainda este ano.

"Se em janeiro vamos ter 14% de aumento, por que não podemos antecipar 2,75% para subir aos R$ 560? Essa proposta tem o aval das centrais sindicais", afirma Paim.

Até o dia da votação, o PT vai trabalhar para convencê-lo a desistir da emenda.

A bancada do partido se reúne na terça-feira (22) e vai convidar autoridades do governo para explicar aos membros do partido a importância de se manter os R$ 545.



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