Relator quer acelerar investigação sobre J. Roriz (PMN)

Deputada foi gravada recebendo dinheiro de delator do mensalão do DEM.

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O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), relator do processo contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, afirmou nesta quinta-feira (14) que trabalha para agilizar as investigações. Ele tem 90 dias para concluir o relatório e apresentá-lo à presidência da Casa.

Sampaio se reuniu, nesta quinta, com o relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa para tratar do compartilhamento de informações.

?A vinda desses documentos torna o processo investigatório mais célere, o que é importante não só para o Conselho de Ética, que quer dar uma resposta ao parlamento e a sociedade, e também à deputada Jaqueline Roriz?, disse Sampaio.

A parlamentar passou a ser alvo de investigações na Câmara e no STF depois de ter sido gravada, ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo um pacote de dinheiro de Durval Barbosa, pivô do escândalo de corrupção que ficou conhecido mensalão do DEM.

No último dia 5 de abril, Barbosa autorizou a Câmara a ter acesso aos vídeos e depoimentos que fazem parte do inquérito do STF. O deputado vai pedir as cópias à Polícia Federal, que está fazendo a perícia do material.

?Com base nessas provas é que vamos ver o que vai ser necessário produzir de provas novas no Conselho de Ética, se é que vai ser necessário. Pode ser que o conjunto de provas lá baste para se fazer um juízo de valor?, afirmou o relator do processo ético.

Segundo Carlos Sampaio, o primeiro passo do relatório será analisar se é possível julgar no Conselho de Ética da Câmara acusações sobre supostos crimes cometidos antes de o parlamentar ter assumido o mandato.

Jaqueline foi flagrada em vídeos gravados durante a campanha eleitoral de 2006, quando era candidata a deputada distrital. O relator afirma que há decisões contraditórias no Conselho de Ética sobre essa questão.

?A gente sabe que o vídeo é muito forte. Fala por si só, mas há um regramento jurídico e temos que analisar as provas. Talvez seja a parte mais importante do processo porque vai dizer se podemos ou não julgá-la?, afirmou Sampaio.

O advogado da deputada, Rodrigo Alencastro, participou da reunião, mas não conversou com a imprensa. Na semana passada, a deputada disse que não renunciaria ao mandato e que tinha a consciência limpa.



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