Cientista político diz que pesquisa influencia votos

Os cientistas políticos Ricardo Arraes e Francisco Mesquita estiveram no programa Agora de hoje comentando sobre o final das campanhas

Ricardo Arraes e Francisco Mesquita | Andrê Nascimento
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Os cientistas políticos Ricardo Arraes e Francisco Mesquita vieram hoje ao programa Agora, da Rede Meio Norte, para discutir alguns pontos sobre a reta final das eleições municipais no Piauí, que estão a apenas três dias de distância.

Pesquisa

Francisco Mesquita comentou que os candidatos costumam usar muito os resultados das pesquisas em suas campanhas, mas que, diferente do que se pensa, a influência delas sobre a decisão dos eleitores não é tão grande assim. Apenas em casos de eleitores ainda indecisos sobre em quem votar, e acabam escolhendo quem estiver em primeiro lugar. Ricardo Arraes concordou, acrescentando que as pesquisas estão as vezes em 10ª lugar na questão de influenciar o eleitor.

Apoio

Alguns candidatos usaram apoios políticos para conseguir voto. Foi o caso de Wellington Dias, que trouxe o ex-presidente Lula para sua campanha na televisão, e Firmino Filho que usou o apoio do ex-prefeito Silvio Mendes. Para Ricardo Arraes, para candidatos com eleitorado consolidado, um apoio não altera tanto a realidade dos votos: ?Se o apoio for simpático, querido, é válido. Mas não é suficiente para catapultar um candidato?, disse.

Francisco Mesquita chamou atenção para o fato de que o eleitor deve ficar atento para o discurso do candidato, e não do parceiro dele. ?Afinal, é o candidato que vai governar?, completou.

Humor

?Esse final de campanha é hora de mostrar o diferencial de cada candidato, o que em Teresina tem sido pouco aproveitado?, disse Francisco Mesquita. Para o cientista, os candidatos repetiram tudo o que vinham falando e abusaram do humor. ?O humor, da forma como fizeram aqui, comunica pouco?, disse. ?Não vi nenhum dos candidatos mostrar seu plano de governo. O humor omitiu as discussões mais concretas?, pontuou.

Já Ricardo Arraes discorda, e acha que o humor foi uma ferramenta usada com criatividade. ?O humor foi o diferencial nesse final de eleição. E se for usado com ética, é algo válido?, disse. Ricardo falou que foram realizadas quase um debate por dia, na televisão, em rádios e portais de notícia, o que garantiu uma campanha bastante democrática. ?As propagandas eleitorais não são atraentes para as pessoas, o humor serviu para chamar a atenção?, argumentou.

Consciente

Quanto aos eleitores estarem votando mais conscientemente, ambos concordam. ?Eleições a cada dois anos tem propiciado um aprendizado aos eleitores, ensinado o eleitor a votar.?, afirmou Ricardo Arraes. Francisco Mesquita lembrou que a lei de Ficha Limpa tem ajudado muito nesse aprendizado. ?Mas claro, isso é algo que está se desenvolvendo. Ainda não podemos dizer que temos um eleitor que sabe decidir quem é o melhor prefeito para a sua cidade conscientemente?, completou Ricardo Arraes.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES