Robert Rios: Governo Federal não manda recursos e PMT 'banca' merenda

Em entrevista ao Agora, o vice-prefeito de Teresina lastimou os repasses ínfimos da gestão Bolsonaro para áreas essenciais.

Governo Federal não manda recursos e PMT 'banca' merenda | Victor Melo
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Em entrevista ao Agora na quarta-feira, 09 de novembro, o vice-prefeito de Teresina Robert Rios (sem partido) lastimou a situação dos repasses do Governo Jair Bolsonaro para áreas essenciais. De acordo com o líder municipal, não há transferência para medicamentos, e que sem a complementação do Executivo local sequer haveria recursos para merenda escolar.

"Ele sabe que as pessoas estão em casa pegando fila, o Governo Federal não passa remédio para a Farmácia do Povo, o Governo Federal praticamente acabou com a merenda escolar, se não for a Prefeitura complementando não ia ter merenda escolar, nós estamos bancando praticamente tudo, e não está,mas bancando só de Teresina não, mas de todo o Piauí".

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No que se refere ao conflito envolvendo a Câmara e a Prefeitura sobre a peça orçamentária do próximo ano, Rios disse que tudo que está incluso na proposta tem uma explicação. "Toda vez tem esse barulho, essa zoada, não tem nada no orçamento que a Prefeitura não possa explicar. (...) Na Secretaria de Governo, a Guarda Municipal foi alocada (...)", pontuou.

Robert Rios em entrevista ao Agora (Foto: Victor Melo)O vice-líder do Executivo teresinense reverberou que na Secretaria de Finanças, os valores foram ajustados no sentido de comportar o pagamento dos empréstimos contraídos pelas gestões anteriores. "Questionaram que o Orçamento na Secretaria de Finanças estava gigante, mas há os empréstimos a pagar, temos que pagar o empréstimo do Banco Mundial, Banco do Brasil. Tudo que a Câmara questiona tem uma aplicação ", disse.

Segundo Robert Rios, a mobilidade de recursos possível no Orçamento é muito pequena. "Quando você vê o Orçamento da União, fica só 6% que o presidente pode mover de um órgão para outro, na Prefeitura e a mesma coisa".

"Ressuscitamos a Eturb"

Outro órgão que tem o orçamento questionado por vereadores é a Eturb, nesse sentido, o vice-prefeito lembra as atribuições adquiridas pela pasta, incluindo todo o asfaltamento da capital piauiense.

"Nós ressuscitamos a Eturb com o Pessoinha, hoje 100% do asfalto feito em Teresina e via Eturb, não tem nenhum SAAD fazendo orçamento".

Rios indicou que continuará buscando o diálogo com o Legislativo Municipal, viabilizando que o orçamento seja o 'melhor' para cidade. "O diálogo do Orçamento tem que ser exaustivo, nunca tivemos nenhum problema com a Câmara, tanto a Oposição quanto a base do Governo tem ajudado muito a Prefeitura".

Robert Rios tece críticas ao Governo Federal (Foto: Victor Melo)

Dinheiro para obras

Robert Rios disse que os vereadores têm a abertura para indicar obras que a Prefeitura pode realizar com o dinheiro dos empréstimos, satisfazendo as necessidades que eles observam nos bairros da capital.

"Temos dinheiro contratado em empréstimo para satisfazer os vereadores onde eles acham que precisa de obra. (...) Estamos colocando ano que vem 100 milhões só no asfalto de Teresina".

O político complementou. "É um trabalho que os vereadores podem ajudar o Poder Público, Executivo, queremos conversar, dialogar e juntos construir um Orçamento que é o sonho da cidade de Teresina".

Quanto ao remanejamento de recursos para a saúde pública, Robert Rios detalhou que a Prefeitura investe na área mais do que o dobro do exigido pela Constituição, desafiando os parlamentares a apontarem uma capital em que a aplicação é superior. "Acho que vai prevalecer aquilo que for melhor para a cidade de Teresina. Chegamos a passar 43% de tudo que a Prefeitura arrecada, diminuiu um pouco, mas estamos passando 37%, só se a Câmara disser passe menos de 2% para Câmara", sacramentou.



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