Romário diz que Câmara perdeu oportunidade ao salvar Jaqueline

Por 166 votos favoráveis a cassação, 265 contra e 20 abstenções, Jaqueline Roriz foi absolvida, na noite de terça-feira, pela Câmara dos Deputados.

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O deputado Romário (PSB-RJ) afirmou que votou pela cassação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). Segundo o ex-atacante, a Câmara desperdiçou uma oportunidade ao manter Jaqueline no cargo. "Não questiono a legalidade da decisão, e nada tenho pessoalmente contra a deputada, mas acho que desperdiçamos uma grande oportunidade de dar uma resposta política à sociedade brasileira, cansada de tantos desvios, tantos escândalos de corrupção", diz o deputado em seu blog.

Na mensagem, ele se diz decepcionado e aproveita para defender os colegas. "Antes de ser eleito deputado, eu achava, como muita gente acha, que 99,9% dos parlamentares não trabalhavam. Hoje vejo, pela minha própria experiência, que não é bem assim."

Por 166 votos favoráveis a cassação, 265 contra e 20 abstenções, Jaqueline Roriz foi absolvida, na noite de terça-feira, pela Câmara dos Deputados. A votação foi secreta.

Ela foi filmada recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM do Distrito Federal. Na época, a deputada admitiu que o dinheiro seria para caixa dois de campanha.

Apesar do resultado pela absolvição da deputada, apenas um parlamentar falou em plenário defendendo-a: Vilson Covatti (PP-RS).

Ao final, a parlamentar foi aplaudida por pessoas que acompanhavam a sessão.

No ano passado, Roriz tentou disputar o governo do Distrito Federal, mas renunciou devido à incerteza sobre a vigência da Lei da Ficha Limpa.

O Conselho de Ética da Câmara havia recomendado a sua cassação.

A deputada chegou a recorrer da decisão do Conselho na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) alegando que o vídeo de 2006 é anterior ao mandato. Após polêmica, no entanto, ela desistiu do recurso, o que levou a votação ao plenário.

Nos últimos dias, a deputada enviou a todos os gabinetes um "memorial de defesa" e fez corpo a corpo com os colegas, seguindo a mesma linha do seu discurso de defesa: de que o fato que resultou no processo é anterior ao mandato.

Seu pai, o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, também entrou em campo e conversou com deputados da base e da oposição.

Em 2007, Roriz renunciou ao cargo de senador após suspeitas de irregularidades.



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