Serra: uso político da cassação de Kassab seria ridículo

Kassab tem sua permanência no cargo garantida por efeito suspensivo.

Serra ao lado de Kassab. | g1
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O governador José Serra (PSDB) evitou comentar nesta terça-feira (23) a cassação do mandato do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), pela Justiça Eleitoral. Ele disse apenas que "seria ridículo" o uso político da decisão. Serra participou da inauguração da Escola Técnica Estadual (Etec) Jaraguá, em São Paulo, acompanhado do prefeito. Kassab recorreu nesta segunda-feira (22) da decisão e garantiu a permanência no cargo.

Perguntado se o processo contra Kassab poderia ser usado contra ele, José Serra citou que parlamentares da oposição também foram cassados. ?A oposição oportunista, sim, mas seria ridículo, até porque foi cassado um montão de petistas também?. Nesta terça-feira, a Justiça suspendeu a cassação de cinco vereadores petistas, após eles também entrarem com um recurso contra a perda do mandato.

Os dois discursaram para uma plateia formada por estudantes adolescentes. Kassab se disse tranquilo quanto ao futuro da aliança entre PSDB e DEM. ?Nossa coligação é uma aliança consolidada e irreversível?, disse. Para o prefeito, o processo não deve pesar no julgamento dos eleitores a seu respeito. ?Não existe cassação e, portanto, se alguém quiser se valer de um fato que não existe o eleitor vai saber fazer a sua avaliação?, afirmou.

O prefeito de São Paulo afirmou também que o processo não coloca em julgamento sua conduta moral, por se tratar de um aspecto técnico da Justiça Eleitoral. ?Não há nada que esteja relacionado ao campo moral, o que existe é o questionamento técnico em que um juiz entende que não poderia haver determinado tipo de doação. Porém, existe uma manifestação do TSE que é válida. Irá prevalecer a justiça?, disse.

O juiz Aloísio Sérgio Rezende Silveira, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, determinou na última quinta-feira (18) a cassação do mandato de Kassab e da vice-prefeita, Alda Marco Antônio, acusados pelo Ministério Público de receber doações irregulares durante a campanha de 2008. Além dos dois, oito vereadores tiveram o mandato cassado pelo mesmo motivo.



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