Serristas tentam esvaziar Aécio e manter controle do PSDB

A ala do PSDB ligada ao ex-presidenciável José Serra se articula para ficar com a liderança na Câmara

Avalie a matéria:
Disputa pela liderança na Câmara Federal | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A ala do PSDB ligada ao ex-presidenciável José Serra se articula para ficar com a liderança na Câmara dos Deputados e assumir a linha de frente na oposição ao governo Dilma. Para isso, sabe que é preciso manter o poder do diretório de São Paulo na sigla. Os serristas esperam reduzir eventuais danos causados pela aproximação do ex-governador mineiro Aécio Neves à base governista para tentar concorrer à presidência do Senado.

Ao mesmo tempo, o grupo mais próximo a Serra busca uma forma de mantê-lo em evidência no cenário nacional. Uma das opções apontadas seria nomeá-lo para a presidência do Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política do PSDB.

Para tucanos paulistas, a movimentação do PSB junto à ala aecista do PSDB e do DEM seria apenas uma tentativa de pressionar Dilma e assim aumentar a influência deles na partilha do governo. Mostrando que tem diálogo com setores da oposição, o PSB aumentaria seu poder de barganha junto à petista, que precisa dividir os ministérios com o aval do PMDB.

Integrantes do PSDB de São Paulo dizem que o PMDB não permitirá Aécio na presidência do Senado, o que não significa que ele não se candidatará à vaga. Tucanos ligados a Serra esperam também que Aécio dispute a presidência do partido ou a liderança em uma das Casas, e já costuram de modo a garantir a liderança na Câmara.

Entre os nomes cogitados numa lista já preparada, estão os deputados eleitos Mendes Thame (SP), Luiz Carlos Hauly (PR) e César Colnago (ES), que coordenou a campanha de Serra em seu Estado. Os serristas defendem organizar esse foco de resistência a partir de São Paulo, contando com a reaproximação entre o ex-presidenciável e o governador eleito Geraldo Alckmin (SP).

Outra forma de ampliar o campo de influência de Serra no comando do partido seria, de acordo com aliados, defender a manutenção do senador Sérgio Guerra (PE) na presidência da sigla. Para eles, seria uma maneira de evitar a entrada de um aliado de Aécio, ou dele próprio.

Embora Serra tenha tido problemas com Guerra durante a campanha, ele aposta que o pernambucano adotaria uma linha mais crítica em relação ao governo Dilma no Congresso. Linha que, para os tucanos paulistas, seria evitada por aecistas.

Serra está na França e ainda não se sabe quando voltará. O tucano viajou acompanhado de seu filho e palestrou em um seminário sobre a Europa e a América Latina em Biarritz.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES