TJ abre processo criminal contra 12 acusados de cartel no Estado de SP

O Ministério Público Federal denunciou à Justiça 12 investigados por crimes

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu uma liminar ao Ministério Público Federal e determinou a abertura de processo criminal contra 12 executivos de empresas do setor de tres acusados de formação de cartel em licitação de trens do Metrô de São Paulo. A liminar cassa uma decisão da 1º instância que rejeitou a denúncia do MPF contra os acusados.

O juiz havia decidido que já os crimes atribuídos aos denunciados já haviam prescrito, mas a decisão do TJ apontou que a contagem do prazo de prescrição não deve ser iniciada na data da assinatura do contrato.

O Ministério Público Federal denunciou à Justiça 12 investigados por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro relativos a um aditivo de contrato firmado em 1998 pela multinacional francesa Alstom com uma companhia de energia do governo de São Paulo. Entre os denunciados estão dois ex-diretores de estatais paulistas.

Segundo a acusação formal, o pagamento de propina a funcionários públicos do Estado ocorreu entre 1998 e 2003. O período compreende as gestões de Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. Esta foi a primeira denúncia de caráter criminal envolvendo uma empresa do cartel dos setores de energia e metroferroviário, por práticas que são investigadas, no Brasil, desde 2008. A Alstom também é alvo de outro inquérito sobre irregularidades em contratos com o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Segundo a Procuradoria Geral da República, os crimes foram praticados quando da assinatura do décimo aditivo do contrato do Grupo Industrial para o Sistema da Eletropaulo (Gisel), assinado pela Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE) com a Alstom e outras três empresas por R$ 181,3 milhões, em valores atualizados. O aditivo se referia ao fornecimento de equipamento para construção e ampliação de três estações de transmissão de energia e compra de equipamentos que serviriam para a expansão do Metrô paulista.

publicidade

O valor da propina para que não houvesse licitação, segundo a PGR, foi de R$ 23,3 milhões, em valores corrigidos.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES