TJ condena ex-deputado da “oração da propina” a pagar R$ 3 mi ao DF

Junior Brunelli nega acusações contra ele; defesa vai recorrer da decisão.

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A Justiça do Distrito Federal condenou nesta quinta-feira (14) o ex-deputado distrital Junior Brunelli (ex-PSC) a devolver R$ 400 mil aos cofres públicos, além de pagar multa de R$ 1,2 milhão por danos causados ao erário e mais R$ 1,4 milhão por danos morais à sociedade. A defesa de Júnior Brunelli afirmou que vai recorrer da decisão.

Pela decisão do juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública do DF, Junior Brunelli também perde, por dez anos, os direitos políticos e a prerrogativa de contratar com o Poder Público.

As condenações são referentes às ações que tiveram por base os relatos e vídeos de Durval Barbosa Rodrigues, delator do suposta esquema de corrupção desbaratado pela operação Caixa de Pandora.

Brunelli ficou conhecido por por protagonizar a "oração da propina". Ele é a segunda pessoa investigada na Caixa de Pandora a ser condenado a devolver dinheiro aos cofres públicos. Na semana passada, a ex-deputada distrital Eurides Brito foi condenada a devolver R$ 3,5 milhões.

Segundo a denúncia de Durval Barbosa, alguns políticos recebiam propina mensalmente em troca de apoio aos interesses de autoridades do alto escalão do Executivo do DF. Durante a instrução processual, o delator afirmou que Brunelli recebia R$ 30 mil por mês para apoiar os interesses dos envolvidos no esquema.

O ex-distrital negou em depoimento judicial as acusações e afirmou que o dinheiro recebido era colaboração para sua campanha eleitoral. Ele afirmou ainda que o recebimento de recursos não contabilizados para campanha não poderiam ser caracterizados como ato de improbidade e negou ter causado dano ao patrimônio público.

Pela decisão do juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública do DF, Junior Brunelli também perde, por dez anos, os direitos políticos e a prerrogativa de contratar com o Poder Público.

Prisão

O magistrado ressaltou que a condenação desta quinta não exime o ex-deputado distrital de responder criminalmente pelos fatos.

Junior Brunelli ficou nove dias preso e foi liberado pela polícia na madrugada do dia 6 de junho. Suspeito de usar uma associação para desvio de verba pública, ele foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e formação de quadrilha.



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