Toffoli concede salvo-conduto para Tacla Duran depor à Câmara no dia 19

Tacla Duran pode voltar ao Brasil sem correr o risco de ser preso

Advogado Tacla Duran recebe Habeas Corpus | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, concedeu um Habeas Corpus preventivo ao advogado Tacla Duran, nesta terça-feira, 6, permitindo que ele retorne ao Brasil sem risco de ser preso. A decisão foi tomada em resposta a um pedido feito pela Câmara dos Deputados, após Duran alegar ter sido vítima de "bullying processual" por parte do ex-juiz Sérgio Moro, atualmente senador, e do ex-coordenador da operação "Lava Jato" de Curitiba, Deltan Dallagnol. Duran afirmou, em depoimento à 13ª Vara Federal de Curitiba, que foi extorquido pelos membros da força-tarefa para evitar sua prisão.

Agora, o advogado pode vir da Espanha, onde reside, e comparecer à Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, no dia 19 de junho, a partir das 14h30, para esclarecer sobre as acusações atribuídas a ele. O salvo-conduto foi concedido apenas para que o advogado possa entrar no país.

"Diante das tratativas mantidas pela Câmara dos Deputados com o depoente para que lhe seja assegurada 'imunidade', a fim de que possa esclarecer as denúncias em apreço ao Parlamento, penso que não há outra alternativa senão a concessão de salvo-conduto para essa finalidade". O salvo-conduto concedido permite que o advogado ingresse no país, preste os devidos esclarecimentos ao Congresso Nacional no dia agendado e retorne ao seu local de origem.

Leia Mais

Tacla Duran, que foi advogado da Odebrecht, foi preso preventivamente durante a operação "Lava Jato" em 2016. Seis meses antes de sua prisão, ele foi contatado pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, que era sócio de Rosângela Moro, esposa do ex-juiz Sérgio Moro. Durante uma conversa por meio do aplicativo Wickr Me, Zucolotto propôs um acordo de colaboração premiada que envolvia o pagamento de US$ 5 milhões, com a suposta concordância de Deltan Dallagnol. Zucolotto teria mencionado que os pagamentos deveriam ser realizados "por fora".

No dia seguinte, o advogado de Duran recebeu um rascunho do acordo em papel timbrado do Ministério Público Federal, que identificou os procuradores que estavam envolvidos e quais as negociações feitas com Zucolotto. 

Conforme cronograma, no dia 14 de julho de 2016, o advogado Tacla Duran afirmou que fez uma transferência bancária no valor de US$ 613 mil para o escritório de outro advogado, equivalente a cerca de R$ 3,2 milhões na época. Ele alegou que essa transferência representava a primeira parcela de um pagamento relacionado à sua delação premiada. 

Duran afirmou em entrevista ao jornalista Jamil Chade que efetuou o pagamento para evitar evitar a prisão. Posteriormente, ele deixou de efetuar os pagamentos acordados, o que resultou na decretação de sua prisão preventiva por parte de Sergio Moro, então juiz responsável pela Operação Lava Jato. No entanto, Duran já havia deixado o Brasil antes da decretação da prisão.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES