TRE do Paraná decide adiar o julgamento de Sérgio Moro

Apesar de não haver um prazo legal para a nomeação por parte do presidente, a expectativa é que isso ocorra até a próxima semana.

Senador Sérgio Moro tem julgamento adiado | Lula Marques/Agência Brasil
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O presidente eleito do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, o desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, declarou nesta quinta-feira (1º) que não será possível julgar o caso do senador Sergio Moro (União Brasil) no dia 8 deste mês devido à falta de tempo hábil. Bengtsson explicou que é necessário aguardar a nomeação do sétimo membro do colegiado para que o julgamento possa ocorrer.

Em uma entrevista à Folha, o magistrado ressaltou que o processo ficará suspenso até que todos os trâmites necessários sejam observados, e a data do julgamento só será designada quando o colegiado estiver completo. Desde a semana passada, com o término dos mandatos de antigos membros, o TRE encontra-se sem o seu quadro completo, uma condição essencial pelo Código Eleitoral para julgamentos que envolvam possibilidade de cassação.

Na noite desta quinta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve aprovar a lista tríplice com os nomes dos indicados para juiz da corte do Paraná. A lista seguirá para a escolha do presidente Lula (PT). Os indicados são os advogados Roberto Aurichio Junior, José Rodrigo Sade e Graciane Aparecida do Valle Lemos. Os dois primeiros já atuavam como juízes substitutos no TRE, e seus mandatos terminaram em janeiro.

Apesar de não haver um prazo legal para a nomeação por parte do presidente, a expectativa é que isso ocorra até a próxima semana. O relator do caso, o juiz Luciano Falavinha, liberou o processo na terça-feira (30), pedindo que fosse julgado "na primeira data possível".

No seu último dia de mandato no TRE, o ex-presidente da corte, Wellington Emanuel Coimbra de Moura, incluiu o julgamento na pauta da sessão do dia 8, mas o novo presidente, Bengtsson, reverteu a decisão. Ele destacou que, apesar da iniciativa do ex-presidente ser louvável, não haveria tempo suficiente para o julgamento na quinta-feira (8 de fevereiro), considerando os trâmites necessários e a ainda pendente escolha de Lula.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra Moro foi iniciada por representação dos partidos PL e PT, que acusam o ex-juiz da Lava Jato de gastos excessivos durante a pré-campanha eleitoral de 2022, alegando desequilíbrio na disputa. Moro, atualmente filiado à União Brasil, nega as acusações. Os partidos opositores argumentam que os gastos de pré-campanha, inicialmente destinados à disputa presidencial, tornaram-se "desproporcionais" e prejudicaram os demais concorrentes ao Senado no Paraná.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES