TRE do Paraná retoma julgamento sobre possível cassação do mandato de Moro

Desembargadora Cláudia Cristina Cristofani será a próxima a votar; sessão pode se estender até o dia 10 de abril.

Sérgio Moro | Imagem: Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) reinicia nesta segunda-feira, 8 de abril, o julgamento que poderá resultar na cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil), acusado de suposto abuso de poder econômico e caixa dois durante as eleições de 2022. 

Com o placar atual empatado em 1x1, a próxima a se pronunciar será a desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, que aparece em uma foto ao lado do ex-juiz da Operação Lava Jato.

A Corte eleitoral rejeitou as alegações de suspeição ou impedimento da magistrada. Cristofani alega que a foto foi tirada há mais de 30 anos, quando ambos trabalhavam no mesmo prédio, e que não há motivo para questionamentos.

A expectativa é de que o julgamento seja concluído ainda hoje, porém, caso haja necessidade, uma sessão extra foi marcada para o dia 10 de abril.

Após o voto de Cristofani, os desembargadores Julio Jacob Junior, Anderson Ricardo Fogaça, Guilherme Frederico Hernandes Denz e Sigurd Roberto Bengtsson também se pronunciarão. Bengtsson, presidente da Corte Regional Eleitoral, normalmente só vota em caso de empate, mas participará do processo devido à relevância do caso.

O relator do processo, desembargador Luciano Carrasco Falavinha, já votou contra a cassação de Moro, criticando o que chamou de "julgamento midiático". Falavinha argumentou que não há provas robustas que sustentem as acusações de abuso de poder econômico e caixa dois.

Por outro lado, o desembargador José Rodrigo Sade, segundo a votar, considerou haver "patente abuso" no caso, votando pela cassação do mandato de Moro. Sade destacou que o pré-candidato investiu mais recursos do que seus concorrentes, o que teria gerado um "completo desequilíbrio" no pleito.

O desfecho do julgamento poderá determinar os próximos passos de Moro, com a possibilidade de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso haja decisão desfavorável. O TRE estima que, em tal cenário, os autos sejam remetidos à Corte superior em maio.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES