Tumulto leva Marco Feliciano a suspender sessão de comissão

Ele tinha voltado atrás e decidido reabrir Comissão de Direitos Humanos.

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Manifestantes favoráveis a Marco Feliciano se manifestam na Câmara. | G1
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O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) decidiu nesta quarta (10) suspender novamente uma sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, da qual é presidente, devido ao tumulto provocado pela presença de manifestantes.

É a terceira vez em que uma reunião da Comissão de Direitos Humanos é interrompida em razão de manifestações. Feliciano, que rejeitou apelo de líderes para renunciar, é contestado como presidente da comissão devido a declarações consideradas racistas e homofóbicas.

A sessão se iniciou às 14h26 com a presença de 40 evangélicos, que apoiam o deputado, pastor da igreja Assembleia de Deus Catedral do Avivamento. Havia também 15 ativistas sociais, que protestavam contra Feliciano.

Na semana passada, o deputado tinha decidido fechar ao público as sessões da comissão, devido ao tumulto provocado pelos protestos, que impediam o debate entre os parlamentares. Após apelo do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), Feliciano decidiu reabrir as sessões ao público.

Doze minutos depois de iniciada a sessão desta quarta, o deputado determinou a transferência da sessão para um plenário ao lado, somente com a presença de parlamentares, assessores e jornalistas.

?Neste momento, dado tudo o que está acontecendo, eu vou suspender a sessão por 15 minutos e nós vamos para o plenário 1 - somente convidados?, anunciou Feliciano aos integrantes da comissão.

Os manifestantes gritavam palavras de ordem como "Não, não me representa", e os evangélicos aplaudiam Feliciano. Como os deputados da comissão não conseguiam se fazer ouvir, Feliciano optou por transferir sessão para outra sala.

Feliciano justificou a decisão de fechar a sessão dizendo que, como presidente do colegiado, precisa garantir a ordem. ?Uma vez que há tumulto, cabe a mim tomar a decisão de viabilizar o funcionamento da comissão?, disse a jornalistas antes de se dirigir a outra sala de reuniões.

A deputada Érika Kokay (PT-DF) criticou a decisão. Ela disse que o colegiado deveria ter deliberado sobre a restrição de acesso à comissão. Quando a reunião da comissão foi reaberta, sem a presença de manifestantes, a deputada disse que o PT entraria em obstrução.

"O PT se encontra neste momento em obstrução porque não reconhece a sua eleição como presidente. Por quatro vezes eu pedi a palavra e não me foi dada. Então, sinto que a reunião está fechada para parlamentares", afirmou a deputada. Feliciano respondeu dizendo que a palavra aos parlamentares da comissão "está assegurada".



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