Marcos Valério faz desembarque no Aeroporto de Confins, na Grande BH

Condenado como operador do mensalão do PT ficará preso em Minas Gerais. Valério ficará em cela igual à do goleiro Bruno Fernandes, em Contagem.

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Condenado como operador do esquema do mensalão do PT, Marcos Valério chegou por volta das 10h desta quarta-feira (28) ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Valério foi transferido nesta manhã de Brasília para Minas Gerais. Na semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, atendeu ao pedido da defesa de Valério e autorizou a transferência dele para seu estado natal, para ficar mais perto da família.

Depois de desembarcar, Valério foi levado para a Superitendência da Polícia Federal (PF) em Belo Horizonte. Dois carros do Comando de Operações Especiais (Cope) do sistema prisional do estado buscaram o operador do mensalão em Confins e entraram no prédio da PF, no bairro Gutierrez, Região Oeste da capital mineira.

Na sequência, o condenado foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, para ser submetido a um exame de corpo de delito. Na entrada do local, abordado por jornalistas, Valério disse que "condenado não dá entrevista".

Segundo a Secretaria de Defesa Social (Seds), o condenado pelo STF será levado para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana ? a mesma que abriga o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, condenado por mandar matar a ex-amante Eliza Samudio. O operador do mensalão estava no Complexo Penitenciário da Papuda, nos arredores de Brasília, desde novembro do ano passado.

De acordo com a Seds, assim que chegar ao presídio, Valério será submetido aos procedimentos de revista, informado sobre as regras de segurança e entrevistado por uma equipe de assistentes sociais e psicólogos. Na unidade, ele deverá usar o uniforme de calça e blusa vermelhas, além de chinelos de dedo.

Depois desses procedimentos, o operador do mensalão do PT ficará recluso em uma cela individual de 6 metros quadrados, com uma cama de alvenaria, um colchão, vaso sanitário, pia com torneira e chuveiro. Segundo a Seds, ele vai ficar no mesmo pavilhão onde estão presos outros dois condenados no mensalão do PT: os ex-dirigentes do Banco Rural José Roberto Salgado e Vinícius Samarane. Já o goleiro Bruno está em um pavilhão diferente, informou a secretaria.

Como procedimento normal para todos os detentos, Valério só poderá receber visitas em dez dias a partir desta quarta-feira. Para visitas íntimas, também será adotado o padrão da Penitenciária Nelson Hungria, com o cadastro da visitante.

Distrito Federal

Escoltado por policiais federais, mas sem algemas, o operador do mensalão chegou ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, por volta das 7h desta quarta. Após pegar suas bagagens, ele ficou na sala da Polícia Federal, no terminal, até o embarque.

Ao todo, Valério cumprirá pena de 37 anos, 5 meses e 6 dias de prisão. No início de janeiro, a Procuradoria Geral da República (PGR) deu parecer favorável a sua transferência. A Vara de Execuções Penais de Contagem, porém, desaconselhou a mudança na ocasião por conta de um suposto plano de extorsão que existiria no presídio da cidade.

No despacho em que avalizou a ida de Valério para Minas, Barbosa lembrou que consultou a defesa do condenado sobre se, mesmo diante do alerta, ele queria ser transferido. Os advogados informaram ao Supremo que seu cliente queria ficar próximo da cidade onde vive sua família.

Diante da resposta, Barbosa autorizou a transferência do operador do mensalão e citou que a administração pública informou que garantirá a segurança dele. "Defiro o pedido de transferência formulado pela defesa, tendo em vista que não há, até o momento, notícia da existência de interesse público a tal ponto relevante que imponha a aplicação do princípio da supremacia do interesse público sobre o particular, de modo a neutralizar o interesse manifestado pelo apenado de cumprir a pena em local próximo ao da residência de sua família, tal como previsto no artigo 103 da Lei de Execuções Penais (garantia de permanência do preso em local próximo ao seu meio social e familiar)."



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