Dilma: 'Vejo panelaço da mesma forma como qualquer outra manifestação'

A manifestação contra o PT foi registrada em 18 países

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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (6), um dia após centenas de pessoas terem gritado, vaiado e batido panelas pelo país durante a exibição do programa partidário do PT na televisão, que o “panelaço” é “normal” no Brasil.

A manifestação contra o partido da chefe do Executivo foi registrada em cidades de 18 estados e no Distrito Federal.

Indagada por repórteres sobre o panelaço desta terça em uma entrevista no Palácio do Planalto, Dilma disse que a democracia foi conquistada “a duras penas” no país e que é preciso respeitar as manifestações das pessoas.

“Eu vejo [o panelaço] da mesma forma como eu vejo qualquer outra manifestação. Eu já disse isso várias vezes: [manifestar] é normal no Brasil. Em alguns países, manifestações que assumem a forma de panelaço ou qualquer outra forma não são consideradas normais.

No Brasil, sim, são normais. […] Vejo como uma manifestação de uma posição diferente da outra”, declarou a presidente ao final da cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Defesa Agropecuária.

Em março, outros "panelaços" foram registrados como protesto: no dia 8, durante discurso da presidente Dilma Rousseff em rede nacional; no dia 15, durante entrevista coletiva dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria Geral); e no dia 16, no momento em que o Jornal Nacional veiculava reportagens sobre a presidente Dilma.

No programa eleitoral que foi alvo do panelaço, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que o partido vai adotar a prática de expulsar integrantes que forem condenados na Justiça.

"O PT é uma instituição com milhões de filiados e simpatizantes em todo o Brasil. Gente como você, que sempre sonhou e lutou por um país mais justo e solidário. Gente que não convive nem é conivente com ilegalidades e quer, igual a você, o fim da impunidade. Por isso, qualquer petista que cometer malfeitos e ilegalidades não continuará nos quadros do partidos"', disse Falcão no vídeo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma participação na propaganda. Já Dilma não gravou nenhuma mensagem para o programa.

Lula

Em um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto na manhã desta quarta, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou que o governo não tem que se posicionar sobre o conteúdo do vídeo divulgado na véspera pelo PT.

Ele, no entanto, ressaltou que o ex-presidente Lula é a maior liderança do PT e é preciso se respeitar as opiniões dos ex-chefes do Executivo federal.“O presidente Lula tem total autonomia para fazer as manifestações de suas opiniões e seus posicionamentos – mesmo que eles já sejam conhecidos, até porque são históricos.

Em uma democracia, respeitamos o direito de manifestação das pessoas, dos partidos e é preciso respeitar as manifestações dos ex-presidentes também”, defendeu Edinho.

Após o panelaço, o vice-presidente do PT Alberto Cantalice comentou o episódio e ressaltou que, enquanto a propaganda da legenda ia ao ar, o tópico "tô na luta pelo Brasil", proposto pela legenda e replicado por internautas, estava entre o assuntos mais publicados no Twitter."Enquanto parte deles batia panelas, a gente colocava a hashtag 'TôNaLutaPeloBrasil' nos Trending Topics (do Twitter)", declarou o vice-presidente do PT.



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