Vereador que propôs CPI contra padre é denunciado por abuso de autoridade

Rubinho Nunes argumenta que a CPI tem como objetivo investigar as atividades das ONGs

Padre Júlio Lancellotti | Victor Angelo Caldini/Paróquia São Miguel Arcanjo
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O Instituto Padre Ticão, por meio de seu grupo de advogados, formalizou uma denúncia ao Ministério Público de São Paulo, acusando o vereador Rubinho Nunes (União) de abuso de autoridade. A denúncia refere-se à proposta de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) apresentada pelo parlamentar para investigar o padre Júlio Lancellotti e algumas ONGs que realizam trabalhos sociais na região central de São Paulo.

Rubinho Nunes argumenta que a CPI tem como objetivo investigar as atividades das ONGs que fornecem alimentos, utensílios para o uso de substâncias ilícitas e tratamento aos grupos de usuários na Cracolândia. Ele destaca a necessidade de fiscalização dessas organizações. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, o vereador afirma sua intenção de conduzir coercitivamente o padre Júlio Lancellotti, inclusive mencionando algemas, para realizar uma investigação detalhada sobre sua atuação.

O Instituto Padre Ticão contesta a iniciativa de Rubinho Nunes, alegando que o vereador escolheu o padre Júlio como alvo principal da CPI para criar conteúdo eleitoral em ano de eleições. Segundo os representantes do instituto, a proposta da CPI é considerada violenta e tem o objetivo de silenciar aqueles que atuam em prol dos indivíduos invisíveis na cidade de São Paulo.

O documento contendo a denúncia foi recebido pelo Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância do Ministério Público de São Paulo. Caberá a esse grupo analisar a denúncia e decidir se instaura um Procedimento Investigatório Criminal contra o vereador. Os advogados do Instituto Padre Ticão justificam o pedido de investigação com base nos artigos 2º e 30 da Lei dos Crimes de Abuso de Autoridade. O MP-SP será responsável por avaliar esses elementos e tomar as devidas providências.

Integrantes da bancada evangélica, formada por 17 vereadores, não retiraram o apoio à CPI e têm garantido a sobrevida da comissão de investigação e sugeriram ao proponente, vereador Rubinho Nunes, para evitar vinculação pública da iniciativa ao padre Júlio Lancellotti.



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