Senador Randolfe Rodrigues afirma ter levado soco de Jair Bolsonaro na barriga; deputado nega

A confusão teve início quando Bolsnoraro, que não pertence a nenhuma comissão, quis se juntar ao grupo

O deputado Jair Bolsonaro e o senador Randolfe Rodrigues batem boca | O Globo / Márcia Foletto
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) diz ter sido agredido com um soco na barriga pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) nesta segunda (23) pouco antes da visita de integrantes da Comissão da Verdade do Senado e do Rio de Janeiro ao prédio do antigo DOI-Codi, atual 1° Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca, na Zona Norte do Rio. Bolsonaro nega a agressão.

A confusão teve início quando Bolsnoraro, que não pertence a nenhuma comissão, quis se juntar ao grupo que fez a visita ao prédio e foi rechaçado pelo senador João Capiberibe (PSB-AP). Houve empurra-empurra e xingamentos. Na confusão, o senador Randolfe diz ter levado um soco de Bolsonaro.

"Ele claramente nos agrediu covardemente. Ele usou o mecanismo de entrada por baixo. É o procedimento dele, que todos conhecem. Mais uma vez a presença do Bolsonaro aqui era para tumultuar e impedir que a visita se concretizasse. Ele não acompanhou o roteiro da visita. Ele não cumpriu seu objetivo. O Bolsonaro é um Brasil que nós vamos virar a página", disse.

?Na entrada, eu e senador Capiberibe nos colocamos à frente e dissemos para o Bolsonaro que ele não podia entrar, e que não era bem-vindo. Ele disse: ?Olha só quem quer me impedir de entrar no meu quartel!?. Falei: "O senhor não integra esta comissão e não tem nada a ver com essa visita?. Ele me chamou de ?moleque?, abaixou e deu um soco por baixo, no meu estômago. Depois do soco, eu empurrei ele, ele me empurrou e me chamou de ?vagabundo?. Eu disse que o ?cara de pau? é ele, que não deveria estar lá?, disse Randolfe.

O senador afirmou que o Psol irá entrar com uma representação no Conselho de Ética contra o deputado. ?Ele claramente atentou contra o decoro parlamentar, ao tentar impedir o trabalho de comissão parlamentar e agredir um parlamentar."

Depois da confusão, Bolsonaro acabou entrando no prédio. Ele contou que fez a visita ao local a uma distância dos membros da comissão. "Fiquei a uns dez metros de distância para não me misturar. Visitei o prédio todo e depois fui tomar um café na sala da Companhia de Motos. O Capiberibe colocou a mão no meu peito e não queria me deixar entrar. Houve uns empurrões, mas entrei mesmo assim. Para a infelicidade de vocês (jornalistas) não houve agressão, como vocês gostariam. O senador Randolfe gritou, me chamou de "vagabundo" e outros elogios, por assim dizer, mas não houve agressão. A democracia que eles defendem é assim, não aceita o contraditório", disse Bolsonaro.

O objetivo da visita desta segunda (23) é ser o ponto de partida para uma campanha que visa transformar o local num centro de memória, a exemplo do que foi feito no antigo Dops de São Paulo e em centros de tortura na Argentina, no Uruguai e no Chile

Pela manhã, manifestantes fizeram um protesto em frente ao quartel reivindicando a reabertura dos arquivos da época da ditadura militar e a punição para as pessoas que serviram ou trabalharam para o regime.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES