“Vou contar para os netos”, diz mulher que foi dublê de Dilma

Cover de Dilma não diz se votou na presidente

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Servidora foi dublê de Dilma | Reprodução
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A diretora da Secretaria de Relações Públicas do Senado Federal Juliana Rebelo foi dublê da presidente eleita, Dilma Rousseff, nos ensaios para o dia da posse, em 1º de janeiro. Durante alguns minutos, a bordo do luxuoso Rolls-Royce presidencial, foi o centro das atenções, alvo dos flashes dos fotógrafos e desfrutou de toda a pompa e circunstância dignas de um presidente.

Mesmo assim, a servidora diz que só pensou no trabalho e na importância da função de estava desempenhando, mas admite que gostou dos 15 minutos de fama e que vai contar o episódio para os netos, quando vierem. "Vou contar pros meus netos: "fui dublê da presidente!". Isso vai ser bacana", afirma ela, destacando que vai guardar todas entrevistas que deu no período.

Juliana fez o mesmo percurso que Dilma Rousseff fará no dia da posse, que vai da Catedral Metropolitana de Brasília, passa pelo Congresso Nacional e chega ao Palácio do Planalto.

"No ensaio, já no Rolls-Royce, eu percebi: que coisa maluca. Quando é que eu ia pensar que estaria numa situação dessa uns anos atrás? O tempo todo eu estava trabalhando, vendo o andamento do carro junto com os cavalos, para, vê se está correndo muito o carro, se as meninas da Polícia Federal acompanham. Quando o cortejo começou mesmo a andar, e fazia aquele dia bonito em Brasília, batia um ventinho no rosto, fiquei imaginando como ela (Dilma) vai se sentir no dia. Alguns turistas acompanharam, mas pouca gente. Fiquei imaginando a Esplanada lotada. Imagino que será um momento histórico para ela, a coroação de todo um trabalho, de uma vida", afirmou.

A participação de Juliana Rebelo teve repercussão na rede social de microblogs twitter, quando o filho de 21 anos descobriu que a mãe tinha aparecido nas TVs, jornais e portais na internet. "Ele viajou justamente no dia 19 de dezembro e voltou no dia 26. Quando chegou, contei a ele o que tinha acontecido. Ele disse: "poxa, mãe, não posso nem viajar que você fica famosa? Vou tuitar! " e tuitou para os amigos uma foto minha que apareceu no portal Terra", disse.

Estava marcado apenas um ensaio geral, no dia 26 de dezembro. Mas uma semana antes, no dia 19 de dezembro, uma reunião meramente técnica saiu um pouco do controle. "Estava marcado no dia 19 um encontro das polícias legislativas com o pessoal do Gabinete de Segurança Institucional. Eu fui apenas acompanhar a questão dos carros, onde vão parar, onde vão estacionar, onde vão virar. Eu explicava onde todos iriam ficar, e o pessoal da organização me perguntou: "você é a Dilma. Onde você vai ficar? ". Quando me perguntaram isso, senti que a imprensa ficou ligada, ouvi os cliques das máquinas e deu essa repercussão inesperada", afirmou.

Repercussão que, segundo Juliana, foi quase instantânea. Ela conta que no próprio domingo, dia 19, após a reunião técnica/ensaio, recebeu a ligação de uma colega de trabalho. "Ela disse que eu estava no Terra, ligou falando: "tem uma foto bacana sua lá, já viu?". Entrei e vi, estava bacana mesmo. Estou trabalhando tanto que vi pouquíssima coisa sobre o assunto. Nem imaginei".

Mulheres serão maioria

Durante o ensaio do dia 26 de dezembro, Juliana atentou para uma coincidência curiosa. Pela primeira vez, os homens serão minoria durante a recepção presidencial. É que Dilma será escoltada por seis policiais federais mulheres e recepcionada por Mônica Freitas, chefe do cerimonial do Senado. O vice-presidente Michel Temer, acompanhado da mulher, será recebido pela chefe do cerimonial da Câmara dos Deputados, também uma mulher. "A coordenadora-geral da posse é a secretária-geral da Mesa do Senado, Cláudia Lyra. Nessa cena Michel Temer será minoria. Achei curioso. Tudo isso passou pela minha cabeça no dia do ensaio", afirmou.

Juliana rejeita a idéia de ser parecida com a futura presidente. "Talvez o cabelo curto, em cima do carro, de longe, pode até ser. Mas de perto, duvido muito que alguém faça essa confusão". Ao longo da entrevista, no entanto, a servidora demonstrou ser ter mais coisas em comum com Dilma do que o corte de cabelo:

Juliana é mineira de Belo Horizonte - como Dilma -, servidora do Senado há 12 anos e há cinco à frente da Relações Públicas da Casa (assim como a futura presidente, trabalha em função pública). É separada e tem apenas um filho. O ex-marido mora no Rio Grande do Sul.

"Não conheço a presidente suficientemente para fazer uma comparação, mas acho que ela é trabalhadora como eu. Como ela, conquistei algumas coisas na vida e, assim como ela estará no dia da posse, me senti orgulhosa naquele momento (do ensaio) de participar desse momento histórico e de estar contribuindo para o destino do País, não com a mesma relevância", admitiu.



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