Agente penitenciário foi morto em suposto crime de “vingança”

Agente penitenciário foi morto em suposto crime de “vingança”

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A Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Civil do Piauí, através da Diretoria de Inteligência da SSP/PI, executou na data de ontem a Operação  Perseverate, que resultou na prisão de três pessoas, Cândido de Souza Araújo, preso em Porto Velho/RO, Marcilene Leonardo Ferreira, presa em Castanhal/PA e Rauellison de Souza Araújo, preso na Casa de Custódia em Teresina, onde cumpre pena. 

O três são acusados de ter assassinado o agente penitenciário José Silvino Soares da Silva, de 52 anos, morto com três tiros na cabeça. O crime ocorreu em novembro de 2017 em Parnaíba, litoral do Estado. 

A Operação conjunta contou com a colaboração da Polícia Civil do Pará, onde foi preso uma dos envolvidos, segundo o diretor de Inteligência da SSP/PI, delegado Carlos Cesár.

“Quero ressaltar aqui que se trata de uma Operação bastante complexa, demorada. Nós estamos com cinco meses e meio de investigação e com todo o apoio da Secretaria de Justiça que deu todo o suporto para nós; apoio da Delegacia de Homicídios de Parnaíba, além do Greco e várias outras instituições”, afirmou. 

O delegado explica, em detalhes, o andamento das investigações. “Dentro de poucas semanas nós já sabíamos a autoria do crime, porque uma semana após a prática do homicídio do agente, dois indivíduos em uma motocicleta de mesmas características, praticaram uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) contra um empresário chamado José Néres, em Parnaíba, exatamente 07 dias após a morte do agente. Nessa tentativa de latrocínio, a vítima estava armada e também trocou tiros com os criminosos, ambos foram para o Hospital Regional, todos atingidos. E a partir de então a nossa equipe de investigação foi a campo e conseguiu identificar que o Rauellison de Souza Araújo, baleado pelo empresário, era irmão do Cândido de Souza, que na época utilizava o nome falso de Bruno e que tinha envolvimento amoroso com Marcilene Leonardo Ferreira. E se descobriu que 2h após a morte do agente penitenciário, ela havia registrado ocorrência de furto de sua motocicleta, com características da mesma moto usada para praticar a morte do agente. Então houve uma série de indícios que apontou essas três pessoas como realmente responsáveis pelo crime”, declarou. 

Questionado sobre a motivação, o delegado explica que a polícia trabalhou com duas possibilidades. “Primeiramente nós trabalhamos com a possibilidade de latrocínio, já que a vítima veio ao falecimento; mas depois agora com as prisões vem se aclarando a motivação com uma questão de vingança. A Marcilene presa na cidade de Castanhal, no Pará, já relatou e deu sua versão dizendo que o Cândido havia matado a vítima porque havia reconhecido o agente no momento em que estava passando de motocicleta com o Rauellison e que não gostava dele, pois ele já havia tido passagens pela Penitenciária com o nome falso de Bruno. Então tudo indica que foi um homicídio praticado tendo em vista realmente a profissão do agente José Silvino, que era agente penitenciário”, explicou. 

O sub secretário de Justiça/PI, Carlos Edilson, informou que o agente penitenciário mantinha uma parceria com o diretor da Penitenciária de Parnaíba, podendo, inclusive, ordenar a distribuição dos presos pelo nível de periculosidade. 

“O agente era coordenador de Disciplina na Penitenciária Mista de Parnaíba. Ele trabalha va em parceria com o diretor e, na ausência do diretor, ele era responsável, articulava e monitorava todos os presos de alta periculosidade daquela unidade. Além disso, fazia a distribuição dentro dos pavilhões. Essa era a responsabilidade dele”, afirmou. 

“Nós ainda não temos como precisar qual era a proximidade, mas como o delegado bem falou, o crime ocorreu em virtude de ele ser agente penitenciário”, reforçou. 

O secretário de Segurança Pública, Rubens Pereira, explica a importância da parceria para elucidação do assassinato. "É uma marca da Secretaria de Segurança hoje, essa integração. Estiveram envolvidos vários órgãos. Os presos estão vindo e aqui serão entregues para aJustiça. E é isso que nós queremos: uma  polícia que, embora uma investigação demorada, mas com conclusão positiva para que o Ministério Público agora tenha condições de oferecer denúncia para que eles sejam julgados conforme a lei”, esclareceu. 



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