O aumento no número de homicídios em Teresina preocupa a população e deixa em alerta as autoridades da capital.
As mortes, em sua maioria, são de jovens com idade média de 23 anos, que se envolvem com drogas e não tem oportunidade de profissionalização e emprego.
Apenas no 1° semestre de 2014, 198 jovens foram mortos.
A zona sul é a mais violenta de Teresina, com quase 80 homicídios neste mesmo período.
Os moradores vivem em pânico e evitam falar o que ocorre com medo de represálias.
Robson Guerra, pai de Felipe, um garoto de 6 anos que foi morto na porta de sua casa no início deste ano, diz que a família ainda se recupera dessa tragédia.
Ele tem usado suas energias para ajudar outras pessoas que também passaram pela mesma situação, transformando sua dor em luta pela segurança pública.
“Apesar de toda a minha luta, o dia dos pais foi o dia mais escuro, mais negro pra mim”, disse Robson Guerra.
Para o sociólogo Benedito Carlos, Teresina passa por uma crise generalizada.
“Há muito tempo temos problemas nas políticas públicas de difícil resolução”, disse Benedito Carlos.
“Entende-se que é necessário apresentar uma alternativa para a juventude. O projeto MP3 age nesse sentido. A polícia sozinha não resolve tudo, é preciso educação, lazer, cultura e cidadania para esses jovens”, disse Leandro Sousa, coordenador do projeto social MP3.
O sindicato dos policiais civis forneceu o mapa do homicídios em Teresina de janeiro a junho:
Por: Fabrize Lima
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