Família diz que grávida achada morta era agredida por companheiro

Família diz que grávida achada morta era agredida por companheiro

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A delegada Luana Alves, do Núcleo de Feminicídio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), irá investigar as circunstâncias da morte de uma mulher grávida de  quatro meses identificada apenas como Cleia, encontrada morta com sinais de enforcamento dentro da sua residência no bairro Vila Irmã Dulce, na zona Sul de Teresina, na noite de terça-feira (29). 

A jovem estava casada há pouco tempo com um homem identificado como Vanilton da Silva Costa, suspeito do crime. Ele foi levado para Central de Gêneros, da Central de Flagrantes, e liberado depois. Os dois moravam na casa há cerca de um mês. 

De acordo com as primeiras investigações, a filha da dona de casa de apenas dois anos teria visto a mãe morta dentro do quarto da casa com uma corda no pescoço. A criança, então, chamou o padrasto. 

O que chamou atenção dos policiais foi o fato de que, antes de chamar o Samu, o companheiro da vítima tirou a corda do pescoço e retirou o corpo do local, atrapalhando o trabalho da perícia. 

“Aí [casa] estava fechado e eu ouvi a neném chorar aí dentro. Eu fiquei pensando o que ela tinha, porque ela chorou por muito tempo; depois ouvi o homem chorando e gritando pelo nome dela, e aí eu corri e descobri que a mulher já estava morta”, disse uma vizinha. 

O delegado Francisco Costa, o Baretta, coordenador da DHPP, explica que é preciso aguardar o resultado da perícia para saber se houve suicídio ou homicídio. 

“O laudo cadavérico vai mostrar se ela foi morta por enforcamento, o tipo: se foi estrangulamento, qual o tipo se foi mecânico, asfixia mecânica. O médico legista vai responder tudo. Então tem toda uma análise que tinha que ser feita no local, mas infelizmente o local foi alterado, adulterado pelo marido. Quem vai investigar é o Núcleo de  Feminicídio que vai elucidar o crime”, afirmou. 

Segundo a família, os dois estavam juntos há cinco meses e durante esse período a jovem teria sido vítima de agressões físicas e psicológicas. “Ela ligou para mim e disse: 'Mulher, eu não aguento mais. Eu não estou aguentando mais essa situação. A gente discute, e aí eu digo para ele para nós conversar, e ele pega e diz assim: 'sai da minha frente desgraça porque do contrário vou te agredir”, contou uma familiar. 

“Ela falou para mãe dela que não estava aguentando mais aquela situação. Ela conversou com a  mãe. Ele estava agredindo ela”, afirmou o pai. 

O velório ocorreu no bairro São Joaquim, zona Norte. Ainda bastante abalada, a família pede que a morte seja esclarecida. “Justiça. Se os homens não fizerem, mas esperamos que Deus faça”, disse o pai. 



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