Regina confirma candidatura ao Senado: “Não tenho plano B”

A senadora Regina Sousa (PT), em entrevista ao vivo no Agora da Rede Meio Norte, confirmou que será candidata ao Senado Federal. "Não tenho plano B, não. Eu sou candidata ao Senado”, disse a petista, ao ser questionada sobre a possibilidade de o governador Wellington Dias colocar outro nome para sua vaga. 

Regina diz que está descartado a possibilidade de sair como suplente de Dr. Pessoa. “Sem nenhum demérito ao Dr. Pessoa, mas nem pensar”, disse, reafirmando que só sairá candidata ao Senado. 

Samantha Cavalca  perguntou a senadora sobre quem seria o melhor nome para ocupar a vaga de vice de Wellington Dias. “Perguntas difíceis. Olha, Samantha, a escolha de vice é do governador. Independente da gente gostar ou  não ter preferencia ou não, eu até no começo andei me expressando, mas é uma escolha dele. Então acho que pelo menos isso temos que deixar com ele, porque os partidos precisam ter suas estratégias, e ele vai ser aquela pessoa com o papel de conciliar essas estratégias”, declarou. 

Questionada se Wellington Dias estaria sendo ‘chantageado’ por alguma sigla para formar a chapa proporcional, ela respondeu que não. “Eu não sei. E se está, ele não diz. Ele montou um quebra-cabeça no governo que ele queria manter, e está trabalhando para isso. E vice a gente sabe, o partido sabe que é atribuído a ele. O partido não escolhe. O partido escolhe os seus candidatos e dá palpite no jogo, mas a tarefa de escolher vice é do governador”, afirmou. 

Com o ex-presidente Lula preso, existe hoje uma força menor no Piauí. “Muito pelo contrário, hoje o Lula só sobe nas pesquisas, principalmente no Nordeste. O PT se recuperou quase que plenamente, então o PT foi ao fundo do poço, e vocês lembram que desde 2002/2005, quando houve o Mensalão. O PT está com 22% de preferência popular no Brasil, e está quase chegando no patamar que já esteve, de 28%/30%. No Piauí, segundo a pesquisa que me mostraram, o PT tem 37% e no Nordeste a média de 32%. E isso é o partido. O Lula é acima de 50%, 60%”, disse. 

Segundo a senadora, as caravanas realizadas pelo partido, que estariam ficando ‘esvaziadas’, não tem como objetivo somente de juntar pessoas. “As caravanas não tem esse objetivo de juntar, aglomerar pessoas, e não é um comicio. Caravana o próprio nome diz: é povo que passa. O mais importante para nós é que a Caravana deixe uma mensagem, e por onde a gente passa todo mundo corre até a porta,  todo mundo está sabendo que a gente está lá, o ônibus traz nome Lula Livre. Então é essa mensagem e, se juntar gente, melhor. Então tem sempre gente lá, pessoas que ficam com a mensagem”, esclareceu. 

Em conversa com um secretário do governo, Samantha apurou que o PT sói irá realmente conversar com os aliados caso Regina permaneça como candidata a senadora. “Não tem isso. O partido já disse isso, inclusive as instancias partidárias, inclusive porque quem diz isso não é uma pessoa, um secretário ou a senadora. É o partido, que inclusive o nacional já disse que me quer como senadora. Eu sou mulher, e o partido tem essa tarefa de eleger e empoderar mulheres. E também porque é importante ter gente no Parlamento, gente para fazer o que ninguém quer defender. Eu sou uma pessoa que abracei os Direitos Humanos, e tenho feito meu trabalho que é muito grande e reconhecido. As pessoas tem preconceito muito grande contra mim aqui, mas onde eu chego no Brasil inteiro eu sou reconhecida. Pergunte ao Padre Julho, em São Paulo, se ele sabe quem é Regina Sousa. A gente já fez muita coisa lá pela questão dos meninos de rua. Então eu abracei isso porque pé minha bandeira; os LGBTs e os índios. Se você for em alguma aldeia, eu sou a rainha lá. É o meu trabalho, e o PT abraçou. Nós temos causas eu peguei uma causa que estava precisando”, declarou. 

A senadora ainda abordou a formação da chamada chapa pura. “A gente não quer que tenha perdedor e nem ganhando. A gente quer que chegue a um acordo. Mas que desde que não deixe ninguém ferido, nem o PT que é partido dele. Veja bem…A questão da chapa pura não é calundu, é que a gente já teve muitos prejuízos em outros momentos com o chapão. O Congresso legislou e foi de uma certa forma oportunista assim, e não vale para essa eleição. Muita gente já estava com sua estratégia montada, então votou para não ter. Em 2020 nas eleições para prefeito já não tem coligação. Então uma oportunidade de todos os partidos de não querer fazer a sua chapa, porque podem ter muita dificuldade em 2022, porque tem partido que só tem um candidato, então como ele vai montar uma chapa em 2022 sem projetar gente agora? Porque em 2022 não tem saída, vai ter que ter 10 candidatos para poder ter legenda. Então era uma oportunidade de todos os partidos saírem com sua chapa própria, e o PT fedendo isso. O papel do governador é justamente conciliar isso para não deixar ninguém ferido”, disse.