Elizeu Aguiar sobre apoio dos evangélicos:“Será a maior fatia”

Elizeu Aguiar sobre apoio dos evangélicos:“Será a maior fatia”

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O candidato ao Senado Federal pelo PSL de Jair Bolsonaro, Elizeu Aguiar, foi o 18º a participar da série de sabatinas com candidatos ao Senado pelo Piauí nas Eleições de 2018, no Jornal Agora da Rede Meio Norte, na tarde desta quarta-feira (19/09).

Foram sabatinados Francisco das Chagas, Quem Quem, candidato pelo Avante; Marcos Vinicius Cunha Dias(PTC), candidato pela coligação de Dr. Pessoa (Solidariedade); Marcelo Castro, candidato pela coligação de Wellington Dias (PT); professor universitário Paulo Henrique, candidato pela Rede; Frank Aguiar, candidato também pela coligação de Dr. Pessoa; Jesus Rodrigues, candidato pelo PSOL; professor Fausto Ripardo, candidato pelo PCB; ex-governador Wilson Martins, candidato pelo PSB; Flávia Barbosa, candidata pela coligação de Elmano Férrer; Genival Oliveira, candidato pelo PSC; Robert Rios, candidato pelo DEM ; Ciro Nogueira, senador e candidato à reeleição e Antônio José Lira, candidato pelo PSL; Albetiza Moreira, candidata pelo PCO e Gervásio Santos, candidato pelo PSTU; Joaquim Saraiva e Lafayete Andrade, ambos candidatos pelo DC. 

Elizeu Aguiar respondeu perguntas dos jornalistas Arimatéa Carvalho, Efrém Ribeiro, Ananias Ribeiro e do apresentador Amadeu Campos. Nos 10 minutos finais, a candidato respondeu questionamentos enviados por telespectadores. A sabatina teve duração de 30 minutos.

Amadeu Campos: Candidato,  por que o senhor se considera preparado para representar o Piauí no Senado Federal?

Elizeu Aguiar: Pela minha história pública e política, na realidade, fui vereador de Teresina em duas oportunidades, tive o privilégio de renunciar um dos mandatos para assumir, assumir o mandato de deputado federal por um ano e três meses e por um ano e três meses consegui correr ao longo do tempo para trazer alguns benefícios para o estado do Piauí, dentre eles 11 agências da Previdência Social: José de Freitas, Canto Buriti, Miguel Alves, Pedro II e outras cidades.

Trouxe uma emenda importantíssima para o extremo Sul do Piauí, que ligava São Raimundo Nonato a Campo Alegre de Lourdes, aquele asfalto lá foi uma emenda de mais de R$ 20 milhões também, feita por nós, uma indicação nossa. E aqui para Teresina indicamos R$ 6 milhões para que fosse viabilizado a construção da avenida Poti, que vai do Poti Velho para Santa Maria da Codipi, e que se tornou uma das avenidas mais importante e seguras.

Quando fui vereador, fui vários velórios ali, que era uma via de difícil acesso, muito complicado. Então conheci Brasília, conheço a base, que é o povo, o município, e hoje com a maturidade que ru tenho houve um desanimo em 2010 após uma eleição duríssima, onde a desigualdade de estrutura financeira pendurava muito, eu acabei desestimulado e acabei não querendo me candidatar nesses últimos 8 anos. Mas vejo que há uma mudança, uma mudança de comportamento do povo em querer mudar os os atores nessa nova legislatura, e aí estou trazendo meu nome de volta, com experiência, com compromisso para trabalhar pelo estado.

Efrém Ribeiro: Candidato, qual a identificação real que o senhor tem com o Bolsonaro? Porque sua atuação política ficava entre centro e centro esquerdo, aí, de repente, eu vejo o senhor apoiando Bolsonaro. Então que identificação o senhor tem? 

Elizeu Aguiar: Eu acho que esse país, Efrém, ele tem que passar por um choque de gestão. Eu penso nisso. Nós temos uma segurança que hoje não funciona no país, na verdade o cidadão está preso e é considerado bandido porque quando o bandido chega e diz “vagabundo, me passa o que tu tem”, então o cidadão passa a ser o vagabundo e nós perdemos alguns valores com relação a família e eu defendo a família, o Bolsonaro defende, defendo também o patriotismo.

Acho que nós vivemos num estado, num país, na federação que na sua bandeira tem Ordem e Progresso, para ter progresso tem que ter ordem, eu acredito que não tem, nós estamos num país que, infelizmente, está na desordem; e nós precisamos, talvez, de uma linha dura, então eu acredito muito que logicamente o Bolsonaro pode operar muito com essa reconstrução do país. Eu digo reconstrução porque o país está pagando um preço altíssimo, não só na economia, mas também na vergonha política, e acredito que nós podemos mudar o Brasil, a começar realmente com um choque de gestão. 

Ananias Ribeiro: Candidato, o senhor falou sobre ouso do poder econômico dentro do processo eleitoral, do que passou anos atrás por sofrer essa consequência, e hoje, no pleito atual, isso não está se repetindo? 

Elizeu Aguiar: Ananias, houve uma mudança nas regras. Pelo menos nós tivemos dois momentos da campanha, a pré-campanha, onde nós podemos andar, caminhar. Mas não termos uma visibilidade maior porque na realidade o candidato que está postulando pela primeira vez ou os candidatos que são considerados emergentes, logicamente eles tem um tratamento diferenciado. Isso é natural, é normal porque quem está no mandato é quem tem a visibilidade, é quem naquele momento pode gerar alguma audiência, então nós vivemos esse momento. O segundo momento é quando você chega a esse momento, quando você nivela, então, aquilo que é dado tanto para os candidatos que estão tentando renovar o mandato, como também os candidatos que são gigantes da política. Eu considero os cinco primeiros colocados que tem realmente uma estrutura político partidário muito maior que a nossa, mas acho que alguma coisa mudou e o sentimento do povo principalmente mudou em querer fazer essa renovação. Isso me estimulou e é por isso que eu coloquei meu nome como candidato. 

Arimatéa Carvalho: Candidato, o senhor tem muita força por parte dos eleitores evangélicos, inclusive no começo da campanha algumas agregações, agremiações evangélicas apontaram outros candidatos. Isso provocou uma polêmica e o Ministério Público terminou aconselhando os posteriores a não pedirem votos explicitamente durante cultos; os padres durante as missas. Mas eu queria saber se o senhor tem fé de que terá uma grande votação no rebanho evangélico. 

Elizeu Aguiar: Olha, Ari, eu tenho fé e tenho esperança que posso conquistar e tenho a confiança do meio evangélico por também ser evangélico. Eu sou membro da Igreja Batista. Na realidade, nós temos o apoiamento de várias pessoas evangélicas que tem colocado a disposição de poder dar a sua contribuição, votando, levando a família para votar. Logicamente que essa recomendação do Ministério Público, ela veio para que pudéssemos evitar e eu, particularmente em 2010 por ter uma candidatura de deputado federal assim como em 2006, eu sempre tive o cuidado de nunca usar o culto da igreja para política, para pedir voto. Eu nunca fiz isso, e não faria mesmo se essa recomendação, ela não existisse. Mas mesmo assim, por eu ser conhecido no meio, por ter andando em 180 municípios em 2010, ou seja, eu me tornei mais conhecido no interior do estado, eu creio que vou, sim, ter essa fatia do povo evangélico e creio eu que será a maior fatia. 

Efrém Ribeiro: A crítica que a atual oposição faz é com relação aos recursos hídricos para as barragens  e o senhor atuou nessa área. Disse que há falhas, rompimento como ocorreu em José de Freitas, então o que de fato falhou nesse setor?

Elizeu Aguiar: Eu acho que falhou foi o atual governo, e vou dizer o porquê. No governo Wilson Martins eu estava à frente de determinadas barragens e vou citar aqui o exemplo da Barragem dos Corredores, que foi a barragem que nós identificamos que ela tinha problemas de ruptura e nós secamos a barragem, numa atitude de coragem, fixemos uma recuperação na ordem de mais de R$ 3 milhões na época, e a Barragem já voltou a encher e a sangrar com segurança. Nós temos a Barragem de José de Freitas, na época nós fizemos, deixamos um projeto encaminhado. O projeto não estava pronto, mas já estava sendo elaborado. Um projeto de reforma para a Barragem do Bezerro. Nós fizemos recuperação em várias barragens no estado do Piauí, pequena e grandes barragens, porque nós criamos um núcleo de trabalho, capitaneado pelo engenheiro que inclusive era do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e estava cedido ao Instituto de Desenvolvimento do Piauí (IDEPI , então nós tivemos essa preocupação do governo Wilson Martins de fazer um trabalho na recuperação dessas barragens. 

Amadeu Campos: Por falar em Wilson Martins, ele agora é adversário do senhor. O senhor tem direito a dois votos na eleição, sendo um para o senhor, candidato ao Senado, e o outro pode ser para ele? 

Elizeu Aguiar: O meu voto, ele é do partido, pertence ao Antônio José Lira, que tem o número 170 e o meu é 177, então eu sou partidário, nós somos dois emergentes e estamos trabalhando lado a lado. Eu respeito a pessoa do ex-governador Wilson Martins, acho que foi um grande governador para o estado, mas acho que meu parceiro de chapa é Antônio José Lira. 

Efrém Ribeiro: O senhor também atua na chamada “Bancada da Bola”, é esportista, então queria saber se é possível fazer lei no Brasil,  fazendo com que essa paixão nacional, que é o futebol, gere lucro de fato? Isso para grande e micro empresário? 

Elizeu Aguiar: Veja bem, Efrém, eu vou tentar cooperar com a pergunta. Na realidade, eu acho que o futebol do Piauí, tanto profissional como amador, ele vai ganhar muito com a minha eleição. Eu não tenho dúvida, porque nós vamos trazer muito investimentos, e o profissional nós temos que separar porque o investimento é diferente porque nós temos que trabalhar na base, na formação da criança, na formação do adolescente. Ocupar o tempo da criança, do adolescente com algo bom. E o esporte é bom, crescemos esportivos nos grandes centros do estado do Piauí para podermos revelar os garotos. É um sentimento nosso, é uma preocupação nossa. Na realidade, já há gestão de clubes no Brasil, eu posso citar o Internacional que é bom modelo, o Atlético Paranaense que é outro modelo, o Cruzeiro é outro grande modelo e o Atlético Mineiro, que já fazem, já recatam recursos; o Flamengo também na sua gestão com sócio-torcedor, e também já com Juvenis.

O que na realidade falta muitas vezes, e eu vou trazer para o estado do Piauí, é o despertar, o sentimento que nos levou em 2015, embora nós fazendo tudo, das tripas coração para levar o River a série C e conseguimentos, mas conseguimos chegar com água nas narinas, ou seja, porque nós não temos essa capacidade ainda, falando do futebol local, de termos uma organização a esse ponto e não temos investimento da iniciativa privada com relação ao futebol. Então nós entramos no ano seguinte, tivemos o descenso, porque nós já chegamos endividados em 2015 e em 2016 o grau de profissionalismo, de responsabilidade, aumentou e nós não conseguimos acompanhar e aí veio o desanimo. 

Ananias Ribeiro:Candidato, o senhor foi vereador de Teresina por duas vezes e conhece bem a realidade da nossa capital. Como senador, como o senhor poderá ajudar Teresina? Quais são as obras estruturantes necessárias para a cidade? Esse modelo adotado hoje está correto? 

Elizeu Aguiar: Deixe eu lhe dizer…Eu acho que as entradas de Teresina, tanto na BR-343 como BR-316, elas tem de ser de responsabilidade da bancada federal. Eu até acho que a nossa bancada tem dormido, não digo na sua totalidade, mas a maioria nós temos dormido com relação a busca por investimentos na área principalmente rodoviária.Nós temos menos de meio por cento de áreas duplicadas, de BR's e vias duplicadas dentro do estado do Piauí. Isso não se cabe mais, você sai do Pernambuco, passando pela Paraíba, João Pessoa, e até Rio Grande do Norte tudo duplicado. Você vem aqui em Caxias, do nosso lado, sem acesso. 

Amadeu Campos: Essa conversa é antiga, candidato.  

Elizeu Aguiar: Por isso eu estou pedindo uma oportunidade para ajudar, tenta mudar. O que foi que aconteceu com as duas entradas da cidade? Simplesmente endividaram o Estado e eu ouvi várias governadores dizendo “olha, o estado tem capacidade de endividamento”, “o estado tem capacidade de endividamento”, mas não tem capacidade para pagamento. Hoje nós pagamos quase R$ 50 milhões só de juros de obras que não são feitas, então paradas as do Rodoanel, paradas nas duas entradas da cidade e nós estamos só com a conta para pagar. Então nós precisamos mudar os atores para tentar mudar essa realidade, Amadeu. Essa é a nossa busca.

Fora isso, eu quero citar o exemplo da zona rural de Teresina, onde quase não se tem asfalto, é um descaso, na época da chuva, lama; na época do verão, poeira, como está acontecendo agora. Então por que que nós não fazemos um grande trabalho, colocar emendas para Teresina para ajudarmos nesse desenvolvimento? Então nós queremos ser senadores também para cuidar da cidade de Teresina e do estado do Piauí. 



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