Teresina está entre as piores cidades do país para construção civil

Nesta terça-feira (06), o presidente do Sindicado da Indústria da Construção Civil do Piauí (Sinduscon), André Bahia, participou do Jornal Agora e falou sobre as dificuldades que os empresários do setor têm enfrentado na capital piauiense.

De acordo com André Bahia, um levantamento entre os associados constatou que o cenário encontrado pelos construtores na capital é um dos piores do Brasil, especialmente por conta da lentidão no trâmites burocráticos. 

“Basta ver os associados de nosso sindicato que operam fora de Teresina e empresas de fora que se filiaram ao nosso sindicato, todos são unanimes em dizer que o ambiente de negócio da nossa capital é o pior, então isso é alarmante. Na medida em que você tem um déficit habitacional, para cada R$ 1 milhão em investimentos em habitação 30 empregos são gerados e a maior parcela da população que sofre com o desemprego está na construção civil. Se a gente não der as mãos para resolver esse problema estaremos dando um tiro no pé”, afirmou. 

Segundo o presidente do sindicato, caso a capital não oferecesse tantos problemas na área, um volume “extremamente expressivo de empregos poderiam estar sendo gerados”, dada a demanda demanda existente na capital e aos programas habitacionais financiados por bancos disponíveis.

André Bahia elencou três problemas principais que a construção civil enfrenta na capital piauiense e afirmou que os responsáveis precisam se reunir para definir soluções para os problemas. 

“São três grandes pontos, que chamamos de causa raiz dos problemas: primeiro, a prefeitura precisa melhorar; segundo, os cartórios precisam melhorar; e terceiro, o Corpo de Bombeiros. Na medida em que a gente melhorar a velocidade e a qualidade das aprovações da prefeitura, os trâmites cartorários, que estão uma coisa terrível em Teresina, e o Corpo de Bombeiros, a gente há como melhorar. Estamos propondo um simpósio envolvendo o prefeito de Teresina, o presidente do Tribunal de Justiça e o governador do Estado para sairmos de lá com compromisso, datas e responsáveis, com metas”, afirmou.