Votação de reajuste do ICMS acirra relação na base governista

O projeto que reajusta a alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os serviços de comunicação, combustíveis, bebidas e cigarros causou desentendimentos entre os parlamentares e arranhou a relação entre o governo Wellington Dias e o Partido Progressista (PP). A proposta foi aprovada hoje na Assembleia Legislativa. O assunto foi um dos principais temas do quadro Jogo do Poder, do Jornal Agora, desta quarta-feira (01). 

Os parlamentares do PP haviam declarado que votariam contra a proposta, enviada à Alepi pelo governo. Por isso, o governador Wellington Dias exonerou secretários que são deputados licenciados para substituir suplentes que ocupavam cadeiras na Assembleia, deixando de fora da votação Belê Medeiros, e Bessah Filho, ambos do PP. 

O presidente do PP no Piauí, deputado Júlio Arcoverde, que chegou a ser substituído na Comissão de Finanças da Assembleia, que analisou a proposta antes de ela ira ao plenário, não concordou com as manobras do governo para a aprovar a medida. 

“Fizeram de tudo para mudar minha opinião, eu não mudei. O governador tem todo o direito de tirar os suplentes, fazer o que quiser, mas, eu não esperava isso da base. O que me chocou muito foi este ato covarde que fizeram contra mim aqui na Comissão de Finanças”, desabafou Júlio Arcoverde. 

De acordo com a jornalista Samantha Cavalca, o deputado Júlio Arcoverde deve ir à Brasília para tratar sobre o assunto com o senador Ciro Nogueira. A repórter conseguiu falar com o senador piauiense, que destacou que apesar do acontecido na Assembleia, Wellington Dias e ele continuam alinhados e irão superar este momento tenso.