Caso 180 mil: motorista afirma que dinheiro é de origem lícita

Caso 180 mil: motorista afirma que dinheiro é de origem lícita

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Samambaia é a cidade satélite de Brasília onde José Martinho, motorista do Senador Wellington Dias, mora. A realidade local não difere das demais regiões administrativas criadas para abrigar a massa trabalhadora de Brasília. As condições precárias deram lugar ao imobiliário. E foi nessa cidade que o jornalista Ananias Ribeiro esteve para fazer uma cobertura completa do caso 180 mil.

Na quadra residencial 318, conjunto 5, casa 13, seu Martinho edificou um prédio de três andares, fruto de 25 anos de trabalho no Distrito Federal. O imóvel tem valor comercial de cerca de 800 mil reais, é onde o piauiense mora e mantém um negócio familiar: A distribuidora Martins, uma empresa para eventos, que distribui bebidas na região.

A renda familiar é complementada pelo emprego no Senado, onde José Martinho está de férias desde o dia 8 de setembro. Foi com a venda de parte desse prédio, o térreo onde funciona a distribuidora Martins, que seu José Martinho levantou os R$ 180 mil reais que transportava ao Piauí.



O advogado Ademar Vasconcelos afirma e prova através de documentos que o dinheiro tem origem legal. “A origem do dinheiro segundo seu Martinho é da venda de parte da sua propriedade que foi adquirida em dia 14 de abril de 2008 e um contrato de compra e venda do dia 29 de agosto deste ano, 13 dias antes da apreensão em Barreiras. Nós temos o contrato de compra e venda e será demonstrado que o dinheiro é lícito, tudo será provado”, afirmou o advogado.

O motorista afirma que o dinheiro seria usado para comprar uma fazenda no município de São Miguel do Tapuio, e explica as razões que o fizeram pensar em voltar a sua terra natal no Sul do Piauí. O carro apreendido pela Polícia Rodoviária Federal está no nome de José Martinho, ele descarta qualquer relação do dinheiro com o senador Wellington Dias, candidato do PT ao Governo do Estado, e afirma que vai provar ser o dono dos 180 mil reais para que a justiça seja feita.


“Eu sempre afirmei que o dinheiro é meu, não tem nenhuma ligação com os grupos políticos como o pessoal fala a todo momento, e eu vou provar que ele é meu, com muito trabalho e dedicação que eu consegui ele”, afirmou.

O advogado declara que pelo fato do dinheiro ser de origem legal ele vai solicitar junto a justiça que seja feito o desbloqueio porque hoje o dinheiro está em poder da justiça que está na comarca de Barreiras, na Bahia. Ele afirmou ainda que tem um documento que mostra quando ele adquiriu o imóvel e o contrato de compra e venda do mesmo. São os documentos que comprovam a origem lícita.

José Martinho declarou em entrevista a Rede Meio Norte toda a sua trajetória de vida. “Eu vim para Brasília em 1988. Em 1997 eu comecei a trabalhar no comércio, bar e restaurantes, migrei para a área da distribuidora onde estou até hoje e trabalho de motorista para complementar minha renda. Com muito trabalho e dedicação eu consegui os meus negócios, por mais que a gente ganhe pouco temos que valorizar bastante. Nós que somos piauienses mesmo saindo do Estado o nosso sonho é voltar para nossa terra natal.



Eu construí um prédio, tenho uma loja embaixo onde construí o meu comércio e moro em cima, pensando nessa volta vendi a parte de baixo porque o meu sonho era comprar um terreno no Piauí, mais precisamente para a cidade de São Miguel do Fidalgo. Eu estava de férias e estava indo pra lá para cuidar das minhas coisas. No carro estava eu, o Paulo que estava dirigindo, e o meu pai de 80 anos.

Levei o dinheiro em espécie porque não ia conseguir sacar com facilidade esse valor, por isso preferi levar os recursos em mãos. Eu sempre compro e vendo caprino e bovino e levo o dinheiro assim, nunca coloquei em banco. Como também sempre afirmei que o dinheiro é meu, não tem nenhuma ligação com grupos políticos e vou provar que é fruto do meu trabalho. No momento exato o advogado vai apresentar todos os documentos que eu tenho para recuperar o dinheiro de volta”, declarou o motorista.

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