Em entrevista, médica infectologista fala sobre a epidemia do ebola no mundo

Em entrevista, médica infectologista fala sobre a epidemia do ebola no mundo

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Na manhã desta quarta-feira (15), a médica infectologista Elna Joelane esteve nos estúdios do programa Bom Dia Meio Norte para falar sobre o vírus ebola que está amedrontando todo o mundo, com uma disseminação intensa e rápida.

“O ebola foi comprovadamente diagnosticado desde 1976 mas já acontecia em grupos muito isolados, ele acabava tendo impacto nas tribos mas sem a disseminação que tem hoje. Atualmente está envolvendo três países grandes, já chegou a grandes cidades e com chance de se espalhar pelo mundo, é o momento mais preocupante de ebola por isso.  O ebola se manifesta de uma forma muito aguda, a transmissão do vírus se dá pelo contato direto com secreções da pessoa doente, contato com fezes, urina, sangue, saliva, qualquer secreção é forma de transmissão, não se transmite pelo ar”, afirmou.

A doutora declarou que ainda não existe medicamento específico para o caso. “O tratamento ainda não existe, não tem vacina, existem vacinas em estudo mas não estão em aplicação por isso precisam de mais estudos, o que é feito é a hidratação do paciente, porque muitas vezes eles morrem por desidratação em decorrência do grande número de vômitos e diarreia então é feita uma hidratação vigorosa e medicamentos de suporte”, declarou.

“Como grande parte das doenças infecciosas, as crianças e os idosos sempre tem um risco grande porque elas se desidratam com mais facilidade por isso a chance de óbito é maior. A mortalidade na África é muito grande porque lá tem um grande número de desnutridos. Nós não temos o vírus circulando no Brasil nem em animais nem em humanos. Na África ele é bem presente em morcegos e macacos, já existe esse grupo de animais que basta o humano ter contato que ele adquire esse vírus”, destacou.

Joelane afirmou ainda que a pessoa que tiver os sintomas deve ser rapidamente isolada. “Se ela manifestar o sintoma de febre e nos últimos 21 dias estiver em um desses países de risco será suspeita. Antes deles embarcarem para algum lugar do mundo eles passam por uma triagem, se ele está com febre no momento do embarque ou se possui qualquer outro sintoma será fiscalizado. Eles estão aumentando o rigor fazendo uma reavaliação na chegada, aqui no Brasil a recomendação é chamar o SAMU para o transporte das pessoas no nosso caso aqui é ir para o Hospital Natan Portela.

Os sintomas são muito parecidos com o da dengue, febre, dor de cabeça, dor pelo corpo, dor de garganta, vômitos e diarreia, podendo vir com hemorragia ou não. É uma doença que tem um hospital especializado para isso no Brasil, mas é claro que se acontecer com mais frequência todos os hospitais terão suas estruturas”, falou.

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