“Números são pequenos porque estamos testando pouco”, diz Firmino

O gestor concedeu uma entrevista ao programa Bom Dia Meio Norte.

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O prefeito Firmino Filho (PSDB) concedeu uma entrevista na manhã desta quarta-feira (08/04) ao programa Bom Dia Meio Norte apresentado por Ieldyson Vasconcelos, onde analisou as três primeiras semanas de isolamento social e como será daqui em diante.

ANÁLISE DAS TRÊS SEMANAS

Segundo Firmino, a cidade cumpriu o isolamento de maneira correta na primeira semana, mas logo em seguida desandou. “Na primeira semana nós tivemos um bom desempenho na cidade, os moradores compreenderam os isco que todos estávamos correndo, a incerteza que coloca a nossa cidade nesse momento difícil. Na segunda semana nós tivemos um afrouxamento muito grande, houve um relaxamento, foi exatamente por isso que a prefeitura teve que reforçar as suas medidas. Essa semana, é a Semana Santa, por enquanto nós temos um resultado intermediário, não tão bom como na primeira semana mas também não tão ruim como o da segunda semana”, declarou.

FICAR EM CASA NA SEMANA SANTA

“Essa semana santa nós temos mais uma razão para ficar em casa, todos nós temos os nossos amigos e parentes no interior, é fundamental que a gente não vá para as nossas cidades, essa circulação de pessoas pode favorecer a circulação do vírus. A melhor forma da gente reduzir o exército adversário é evitar o contato social e a maior contribuição que a gente pode fazer para os nossos amigos do interior é justamente não levar o vírus para eles. Foi confirmado que 85% dos portadores do vírus não tem nenhum sintoma, podem ser portadores e levar eles para outras pessoas sem nem saber”, disse o prefeito.

POUCOS TESTES NA CAPITAL

Na noite de ontem foi confirmado o terceiro óbito da doença em Teresina do presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, Nogueira Neto. Firmino lamentou o fato e declarou ainda que os números confirmados não mostram a realidade.

“Era uma pessoa do bem, trabalhador, líder de classe, uma pessoa comprometida. A gente precisa estar muito atento, nós não queremos que isso continua acontecendo, temos que ficar em casa. Muitas pessoas criam uma errônea sensação de achar que os números são pequenos, então está tudo sob controle. Os números que estão sendo colocados são números pequenos porque nós estamos testando pouco, A Prefeitura de Teresina só recebeu 1.200 testes por conta de uma falha do Ministério da Saúde, aquela confusão em Brasília tem prejudicado muito os estados e municípios”, afirmou.

PICO DA DOENÇA EM TERESINA

Sobre o pico da doença no Estado, Firmino declarou que precisa analisar primeiro como será o pico da doença em São Paulo e Fortaleza. “Aqui no Brasil nós somos um país continental, o vírus chegou pelos aeroportos internacionais, São Paulo é hoje o berço do nosso maior foco e vai entrar nessa curva rápida de ascensão na segunda quinzena de abril. Fortaleza é o terceiro polo do Brasil por conta do aeroporto internacional, que recebeu uma entrada significativa de vírus, mas eles não entraram ainda na fase de aceleração. Para se ter uma ideia lá está sendo construído um hospital de campanha com 200 leitos, eles estão se preparando para o pico, que vai acontecer uma semana depois de São Paulo. Depois de saber o que aconteceu nessas duas cidades no momento do pico é que a gente vai poder se posicionar”, explicou.

Firmino pediu ainda atenção nos municípios do Norte do Piauí. “Nós buscamos nos proteger, mas nosso picos, se eventualmente acontecerem vai ser na sequência, depois de Fortaleza. Nós já tivemos cinco óbitos no Piauí, a maioria dos óbitos tem acontecido na capital, aqui no Piauí é exceção, a maioria são da região Norte do estado, e tiveram alguma relação com Ceará, é importante que quem esteja na fronteira seja vigilante, que a gente possa ter muita atenção nos municípios maiores da região norte. O exército invasor veio através da serra, então especialmente Parnaíba, Piripiri, Pedro II, Piracuruca, Luís Correia, todos eles tenham um forte compromisso com o isolamento social, é fundamental dizer que as estruturas hospitalares de Teresina não são suficientes para dar vasão a toda população do Estado”, disse.

“Os poucos testes que nós temos nós vamos testar em todos os nossos trabalhadores de saúde. Vamos trabalhar na obtenção de mais testes para que nós possamos na sequência fazer uma estimativa geral da infecção na cidade de Teresina. Na próxima semana nós já vamos ter dados mais concretos sobre a taxa de infecção na capital, saber se ela está se mantendo constante, caindo ou se vai crescer”, finalizou.



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