Polícia investiga a participação da esposa de Felipe na morte de Daniel

Ele concedeu informações atualizados a respeito da dinâmica do crime em que ocorreu a discussão de Daniel e Felipe, que no momento da luta corporal a esposa de Felipe teria participado dessa briga

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Em entrevista ao Bom Dia Meio Norte, nesta terça-feira (02), o delegado Francisco Costa, o Baretta, coordenador do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), declarou que a Polícia Civil segue investigando e ouvindo testemunhas no caso da tragédia familiar, ocorrida no último sábado no bairro São Pedro, na zona Sul de Teresina, que deixou duas pessoas mortas e uma internada em estado gravíssimo.

Polícia investiga tragédia familiar que terminou com dois mortos em Teresina

Ele concedeu informações atualizados a respeito da dinâmica do crime em que ocorreu a discussão de Daniel e Felipe, que no momento da luta corporal a esposa de Felipe teria participado dessa briga. A Polícia segue investigando a participação de Antônia na tragédia familiar. O delegado acrescentou ainda que Daniel teria comprado recentemente um fuzil, já que ele era instrutor de tiros, além de outras armas que teria dentro de casa.

“Nós recebemos essa ocorrência na manhã de sábado, foram realizadas oito horas de perícia e agora começamos a fase de oitivas de pessoas para saber se aquelas pessoas estão falando a verdade e para saber o que elas falas se harmonizam com a peça material produzida pelos peritos. A informação que nós temos é de que o Felipe estava com uma faca esperando o Daniel na área comum da casa. A esposa do Daniel viu ele lá e disse que ele estava esperando o Daniel. Nesse momento, o Daniel desceu e a esposa dele fechou a porta, mas o Felipe começou a chutar a porta e o nesse intervalo o Daniel se arma com uma pistola 380 e efetua um disparo de dentro para fora. Esse projetil transfixou a porta e se foi alojar na cabeça da empregada doméstica Juliana, que estava na área comum, inclusive, com uma criança. A mulher disse ainda que viu ainda o Daniel em luta corporal do Daniel com Felipe e a esposa dela Antonia”, declarou.

Delegado Francisco Costa concedeu entrevista ao Bom Dia MN

Confira outros trechos da entrevista:

Procede a informação de que no momento do desespero, a esposa do Felipe teria corrido para o irmão tentado segurar a arma e disparado acidentalmente no próprio marido?

Baretta: Nós estamos exaurindo toda a cena do crime com a investigação, foram feitos todos os levantamentos e seria muito fácil dizer que o caso está acabado. Nós estamos exaurindo toda a investigação tanto a parte empírica como a parte em campo, como  a parte da prova material que será produzida pelo agentes do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal e queremos saber se realimente o disparo foi feito por uma pessoa ou por outra pessoa, ou por duas pessoas atirando, em que circunstancia, hoje nós temos condição de dizer isso, então a investigação esta sendo feita e ao término da investigação, com os depoimentos aliado a prova material produzida nós teremos certeza em dizer se elas se harmonizam ou não, ou se houve uma terceira pessoa efetuando o disparo. O trabalho pericial foi muito bem feito e temos certeza que o inquérito será concluído com o resultado da conduta do que houve naquele dia. O que podemos dizer é que todo crime de homicídio ele tem uma motivação necessária e também fica provado que todo ser humano é um homicida em potencial, basta a ocasião.

A respeito da motivação, foi de fato o choro da criança ou eles já tinham histórico de problemas entre os dois?

Baretta: A notícia que  nos chegou e que é confirmada é que realmente  na sexta-feira o Daniel estava incomodado com o choro da criança e houve essa desavença, mas que teria sido contornada, mas na manhã seguinte já estavam lá. Agora você imagine o choro de uma criança ser o suficiente para que duas pessoas supostamente esclarecidas, porque a gente fala muito em tolerância, mas me parece que isso é só na teoria, é o suficiente para chegar na morte de duas pessoas.

Nós temos hoje um derrame de arma de fogo na sociedade, mas pela sua experiência de polícia, o Daniel estava preparado para ter uma arma em casa ou ele reagiu a uma ação?

Baretta: A gente verifica hoje que estão banalizando a posse de arma de fogo, em prol de uma pratica desportiva. Uma arma de fogo é um instrumento perigoso. Eu uso a minha arma de fogo, mas é o mesmo jeito que uso uma caneta e peço sempre ao grande arquiteto do Universo que me dê o dom da persuasão e da palavra para que eu não seja preciso usá-la. Hoje as pessoas compram uma arma de fogo como se fosse um suvenir. Esse rapaz tinha essas armas e tinha comprado inclusive um fuzil.

Somente esse semestre acompanhamos a apressar de quase 600 armas de fogo, o senhor fala dessa banalização do uso de arma de fogo e o que senhor comenta a respeito dessas apresses?

Baretta: Na realidade nós temos assistido no dia a dia indivíduos sendo presos com pistolas ponto 40, 9 milímetros, que sao roubadas de dentro de carros e isso já demonstra o despreparo dessas pessoas no uso de arma de fogo. Eu acredito que arma de fogo não faz a defesa de ninguém, o que faz a defesa é nós temos educação, instrumento de emprego e renda e termos uma polícia preparada, alem de um Poder Judiciário atuante, empregando a Lei e o Ministério Público fazendo a sua manifestação.



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