Trigo: a próxima revolução no Cerrado brasileiro

A Embrapa Trigo quer transferir conhecimentos e tecnologias para aumentar a competitividade

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O Brasil pretende aumentar em 100 mil hectares a área de produção de trigo no Cerrado até a safra 2023. Com isso, poderá reduzir em R$ 450 milhões a importação do cereal. A projeção é da Embrapa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que começou a debater um projeto de expansão da área plantada de trigo na região. A iniciativa tem um objetivo ambicioso: transformar o trigo em protagonista da próxima revolução do Cerrado.

A proposta da Embrapa Trigo é transferir conhecimentos e tecnologias para aumentar a competitividade da cultura, por meio de ações capazes de proporcionar maior adesão de produtores ao cultivo. Inicialmente, a iniciativa será desenvolvida na Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo e no Distrito Federal.

O projeto foi debatido pela Embrapa, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e entidades do setor produtivo durante reunião na semana passada. Segundo o chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, a proposta prevê sete atividades. Entre elas, a organização da produção de sementes para garantir a expansão da área do trigo tropical, a transferência de tecnologias para a produção de trigo em regime de sequeiro e irrigado, o apoio da governança da cadeia do cereal no ambiente tropical e o fortalecimento do núcleo de pesquisa e transferência de tecnologia para o trigo tropical.

“Não há dúvida de que o trigo é a próxima revolução no Cerrado brasileiro. Mas primeiro é preciso evoluir na pesquisa e na difusão do conhecimento para o produtor rural”, disse o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli.

Para o assessor técnico da CNA, Fábio Carneiro, o projeto é fundamental para a difusão de novas opções para os produtores e para a geração de emprego no país, além do aumento da renda nacional.

Também participaram da reunião o representante da CNA na Câmara Setorial do Trigo do Ministério da Agricultura, Hamilton Jardim, o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Rubens Barbosa, e representantes das Federações de Agricultura da região do Cerrado.

Números

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), atualmente a Região Sul é responsável por 88% da área de produção do trigo brasileiro. A expectativa é que em 2021 os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina produzam cerca de 2,3 milhões de hectares.

O principal centro de consumo do Brasil é a Região Sudeste, com 42,3% do valor total, seguido do Nordeste (22,5%), Sul (19,4%), Norte (10,3%) e Centro-Oeste (5,5%). A estimativa para esta safra é uma produção nacional de 6,7 milhões de toneladas de trigo.

Fonte: Agro em Dia



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