Índios desmentem versão de ex-prefeita: 'Nunca trouxe uma ajuda'

Lidiane Leite disse à PF que havia se escondido em uma aldeia.

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Durante depoimento para à Polícia Federal, a ex-prefeita Lidiane Leite da Silva, que passou 39 dias foragida, afirmou que se escondeu em uma aldeia indígena. No entanto, a versão foi desmentida pelo cacique da tribo Novo Tabocal, Erismar Guajajaras.

"Além de ela nunca ajudar aqui dentro da comunidade, ela ainda quer nos prejudicar. Porque que ela nunca trouxe uma ajuda, em vez de nos prejudicar?”, disse. O que ela está querendo fazer é sujar a nossa imagem, a imagem da comunidade”, finalizou Francisco Guajajaras, cacique da aldeia Januária.

O município de Bom Jardim, administrado por Lidiane Leite, possui duas áreas indígenas em seu território.

PRISÃO

A 'prefeita ostentação' se apresentou na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), em São Luís, por volta das 13h da última segunda-feira (28). Lidiane ficou em alojamento confortável e com ar condicionado.

A ex-prefeita chegou a ser levada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Sejap) por volta de 0h30 para o Complexo de Pedrinhas, mas com a liminar fica valendo o entendimento do juiz da 2ª Vara da Justiça Federal, José Magno Linhares, determinando que Lidiane Leite seja recolhida Presídio do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM-MA). O magistrado considerou que o presídio feminino de Pedrinhas, no Complexo de Pedrinhas, é um risco à integridade de Lidiane.

Antes de ser transferida para Pedrinhas, Lidiane estava recolhida em um confortável alojamento no quartel do Corpo de Bombeiros. O local é utilizado pelos oficiais médicos da corporação. O quarto tem janela, banheiro, duas camas de solteiro e está equipado com televisão, frigobar e ar condicionado. A TV e o frigobar, porém, teriam sido retirados do alojamento onde está ex-prefeita por ordem judicial.

ESQUEMA

A polícia investiga transferências de cerca de R$ 1 mil realizadas da conta da prefeitura para a conta pessoal de Lidiane que chegam a R$ 40 mil em um ano. Também foram feitas transferências para o advogado da prefeitura, Danilo Mohana, que somam mais de R$ 200 mil em pouco mais de um ano. Além da prefeita, secretários, ex-secretários e empresários também estão sendo investigados por causa de irregularidades encontradas em contratos firmados com "empresas-fantasmas".

Houve duas licitações para reformar 13 escolas, pelas quais a "Zabar Produções" obteve R$ 1,3 milhão e a "Ecolimp" recebeu R$ 1,8 milhão. Nenhuma das empresas foi encontrada.Em 2013, a prefeitura firmou contrato com 16 agricultores para o fornecimento de merenda escolar nas escolas municipais, pelos quais cada agricultor receberia em média R$ 18 mil por ano. Os agricultores afirmaram que não receberam os pagamentos.



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