Em entrevista à CNN desta quinta-feira (8), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) refutou veementemente qualquer envolvimento em um suposto plano golpista após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. Na manhã do mesmo dia, Bolsonaro foi alvo da Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF), sendo-lhe concedido um prazo de 24 horas para entregar seu passaporte.
Ademais, ele está proibido de manter comunicação com outros investigados, incluindo seus ex-assessores Filipe Martins e Marcelo Câmara, detidos durante a ação policial. Outros alvos de busca foram o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Augusto Heleno, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira.
A entrevista concedida por Bolsonaro à CNN foi realizada logo após a operação da PF, ocorrida na manhã da sexta-feira, mas antes de o ministro Alexandre de Moraes levantar o sigilo sobre os fundamentos que embasaram a ação e os detalhes relativos à investigação envolvendo o ex-presidente e seus aliados.
“Ninguém entende essa ‘tentativa de golpe’. Não se movimentou um soldado em Brasília para dar golpe em ninguém aí”, disse o ex-mandatário à CNN.
“O que querem em cima do Valdemar? Busca e apreensão em cima do partido. O que querem fazer com o partido? Nosso partido é propagador de fake news? Age à margem da democracia. A gente fica pensando num monte de coisa aqui.”
“Meu passaporte está em Brasília, estou providenciando a entrega do meu passaporte o mais rápido possível. Uma operação em cima dos generais, a prisão de mais um assessor meu, coronel Marcelo Câmara, mais um coronel e um major que de nome não sei quem são. Para minha surpresa, busca e apreensão na casa ou apartamento do Valdemar da Costa Neto, na sede do partido. Por enquanto, eu ainda estou no ar, não sei o que está acontecendo”, acrescentou Bolsonaro.
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