Fogão solar é solução contra alta do preço do gás de cozinha

Pesquisador brasileiro Luiz Guilherme Meira, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), criou tecnologia para substituir botijão de gás e lenha

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Por: Vanderson de Paulo

Preocupação de grande parte da população brasileira, os reajustes no preço do gás de cozinha têm sido frequentes. O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Luiz Guilherme Meira, desenvolveu protótipos de um fogão movido à energia solar

A ideia surpreendente, além de ajudar no bolso, vai na mão da conscientização ambiental — ao contrário de equipamentos a gás, a lenha ou elétricos, o fogão solar não gera poluição.

Em participação no Notícias da Boa, na TV Rádio Jornal 90,3, desta sexta-feira (03/09) o docente, que tem 36 anos à frente de pesquisas na área de energia solar,  revelou que o fogão solar foi criado a partir do uso de materiais descartados ou de baixo custo, como espelhos e sucatas. 

"Há fogões como o hidropofoco que tem duas panelas e cozinha alimentos para uma comunidade de até 20 pessoas. Temos fogões de um foco, dois, quatro focos utilizando antenas parabólicas, revestido com materiais de fibra de vidro, materiais compostos. Temos um produto que foi testado, comprovado que tem eficiência e pode estar servindo as pessoas pobres, mais excluídas que tem que conviver com esse aumento abusivo do gás de cozinha", justificou o pesquisador.

Tempo de cozimento

Conforme o pesquisador, o aparelho capta a luz solar (convectiva), transforma a radiação do sol em calor, cria uma espécie de efeito estufa e utiliza esse calor para aquecer água e cozinhar os alimentos. "Já é possível cozinhar qualquer tipo de alimento, produzir três refeições diárias para famílias de até quatro pessoas", acrescenta o docente.

Outra contribuição advinda da tecnologia social é o tempo de cozimento, conforme Luiz Meira o funcionamento é super descomplicado. "Para cozinhar um alimento no fogão convencional você leva mais ou menos 8 minutos. Para ferver a água no fogão solar você gasta entre 15 a 20 minutos, mas a partir do momento que a água está fervendo você não leva tanto tempo a mais, algo em torno de uma hora e você já consegue cozinhar feijão e tudo o que você quiser", afirma.

Fogão solar no laboratório da UFRN- Foto: UFRN

Fogão ecológico

Na conscientização ambiental — ao contrário de equipamentos a gás, a lenha ou elétricos, o fogão solar tem uma outra conotação diferente: não gera emissão de gases poluentes.  "Ele pode trazer a economia e a não utilização da lenha que é um combustível bastante poluente e que traz desequilíbrio ecológicos e danos ao meio ambiente", observa.

Meira completa ainda que a comercialização em larga escala diminuirá o preço do protótipo. O Custo em média varia de R$ 150, 400 a mil reais a depender do modelo.  "O que faltaria seria uma política de estado, governo para que a gente pudesse atender uma camada maior da população mais carente, exluida", disse.

O professor da universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Luiz Guilherme Meira, desenvolveu protótipos de um fogão movido à energia solar.

Outra vantagem é que o fogão é adaptado para todas as regiões do Brasil e pode ser usado mesmo em dias com pouco sol. "Talvez para algumas cidades não seja massificado o uso, mas para outras cidades, na maioria do interior do país, teremos sim uma viabilidade imensa", encerrou o pesquisador.

Alguns dos modelos foram doados para algumas famílias da região. A expertise dos protótipos faz parte de minuciosos trabalhos de conclusões de cursos, mestrados, doutorados e iniciações científicas na UFRN que possui um laboratório para a produção dos fogões.  



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