Ameaça silenciosa: conheça os sintomas de um aneurisma cerebral

O aneurisma não costuma apresentar sintomas, ele geralmente cresce lentamente e, por isso, só costuma ser descoberto quando rompe. No entanto, há casos em que ele aumenta até chegar a um tamanho muito grande ou até pressionar alguma região mais sensível. Nestas situações, podem aparecer sintomas mais específicos.

O aneurisma nada mais é do que a dilatação da parede de uma artéria que, em caso de haver o rompimento, provoca uma hemorragia. Os locais mais afetados costumam ser a artéria aorta, responsável por levar o sangue arterial para fora do coração, e as artérias cerebrais, que conduzem o sangue até o cérebro.

Sintomas de aneurisma cerebral

O aneurisma cerebral não costuma apresentar sintomas no início. No entanto, quando ele cresce muito ou rompe, surgem sintomas como: Dor de cabeça muito intensa, que piora com o tempo; Aumento da pupila em apenas 1 dos olhos; Fraqueza e formigamento na cabeça; Visão dupla ou embaçada; Convulsões. Além disso, algumas pessoas já relataram ter a sensação de que a cabeça está quente e de que há um vazamento.

Diagnóstico

O diagnóstico de aneurisma cerebral costuma assustar tanto o paciente quanto a sua família, que logo imaginam que será necessária a realização de cirurgias complexas, levantam questionamentos sobre a possibilidade de cura.  neurorradiologista intervencionista do Hcor, José Guilherme Caldas explica que nem todos os casos de aneurisma acontecem com hemorragia, nem sempre há sangramento e, por isso, nem todos precisam ser tratados. “O aneurisma cerebral é uma doença que tem cura. No entanto, temos que primeiro pensar se devemos, ou não, tratar o aneurisma. Existem critérios para isso”, esclarece.

Fatores de risco

Segundo o Ministério da Saúde, os dois principais fatores de risco para formação e/ou ruptura de um aneurisma são o fumo e a pressão alta não controlada. Doenças que aumentam o risco de fragilidade das artérias cerebrais, como as do colágeno (síndromes de Marfan e de Ehler Danlos) e a renal policística, também influenciam. Os fatores de risco se dividem em dois grupos: não modificáveis (sexo masculino, história familiar e idade) e modificáveis (fumo, hipertensão arterial, colesterol elevado, obesidade, raça branca e doença aterosclerótica pré-existente).

Prevenção

A prevenção do aneurismo passa pela adoção de um estilo de vida saudável, priorizando a prática regular de atividade física e uma alimentação saudável à base de vegetais, frutas, fibras e carnes magras. Além disso, é muito importante que se controle a pressão arterial, que se mantenha índices adequados de glicose, colesterol e triglicerídeos, não fumar e nem ingerir bebida alcoólica em excesso.