Rany Veloso

Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

Bolsonaro muda discurso e anuncia Comitê para medidas contra Covid

O presidente do Senado afirmou que cabe Bolsonaro liderar o grupo

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Por Rany Veloso

Após reunião entre poderes para traçar um plano nacional de combate a Covid, os representantes se pronunciaram. Bolsonaro fez a abertura sinalizando, como era esperado, mudança no discurso ao dizer que a vida está em primeiro lugar sem citar a economia, diferente do que ele sempre pregava. Repetidas vezes o presidente disse que a economia não poderia ficar em segundo plano. Bolsonaro também falou em vacinação em massa, "há unanimidade na intenção de cada vez nos dedicarmos à vacinação em massa no Brasil". A aposta de aliados é que com esse pensamento ele recupere a popularidade perdida na gestão da pandemia. Também citou que o tratamento precoce será estudado pelo Ministério da Saúde, mesmo depois reconhecendo que não há um medicamento eficaz cientificamente contra a Covid. “Tratamos também de possibilidade de tratamento precoce. Isso fica a cargo do ministro da Saúde, que respeita o direito e o dever do médico. É uma doença, como todos sabem, ainda desconhecida".

Bolsonar reconheceu uma mudança no quadro da pandemia no país e que a união entre as autoridades, sem politização ou conflito possa ajudar a resolver a crise. "Uma nova cepa ou novo vírus apareceu e nós, obviamente, cada vez, nos preocupamos em dar o atendimento adequado a essas pessoas. Não temos ainda um remédio, mas a nossa união, o nosso esforço entre os três Poderes da República, ao nos direcionarmos para aquilo que realmente interessa, sem que haja qualquer conflito ou politização do problema, creio que esse realmente seja o caminho para o Brasil sair desta situação bastante complicada em que se encontra", declarou.

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), informou que será criado um Comitê Permanente de Trabalho para elaborar políticas nacionais uniformes. Pacheco disse que será o responsável por ouvir a demanda dos governadores e levar para o Comitê. Também afirmou que todas as autoridaes se comprometeram com a ampliação de leitos de UTI, distribuição de oxigênio e a política do Ministério da Saúde para ampliar vacinação. "Hoje é um exemplo de civilidade entre todos os poderes que a sociedade com toda razão exige entre nós", finaliza.

Arthur Lira, presidente da Câmara, também falou que há uma proposta de parceria com a iniciativa privada para lidar com a questão dos hospitais superlotados. Há também  uma informação que Lira, durante a reunião, teria pressionado mudança na postura do ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, poscioamento também defendido há um bom tempo pelo presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PI). Eles acreditam que Araújo não fez nada para ajudar as relações diplomáticas com outros países durante a negociação da vacina.

Ambos defenderam a união dos poderes, mas que a coordenação do Comitê seja de Bolsonaro. É uma postura esperada há mais de um ano. "Um pacto liderado por quem a sociedade espera", manifestaram opinião.

Jair Bolsonaro e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco Foto: Marcelo Camargo Agência Brasil 

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, empossado ontem, frisou o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), campanha de vacinação e a assistência entre municípios, estados e união. "O sistema de aúde do Brasil dará as respostas que a população quer", se compromete.

Ronaldo Caiado (DEM-GO) falou em nome dos governadores. O Consórcio Nordeste não foi convidado, mas mandou sugestões por Renan Filho (MDB-AL). Eles cobram uma coordenação nacional da crise e medidas em conjunto, entre as elas, a comunicação centralizada, para ajudar a reduzir o número de pessoas nas ruas.



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