Exclusivo Décimo terceiro injetará R$ 2,6 bilhões na economia piauiense; dados!

Dados exclusivos obtidos pelo MeioNorte junto ao Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) na quinta-feira, 09 de novembro, apontam que o pagamento do 13º salário no Piauí injetará R$ 2,633 bilhões na economia do Estado.

O levantamento foi realizado com base em números dos Ministérios do Trabalho, Previdência; além da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). A dotação financeira possibilitada através do pagamento do benefício representa 3,3% do PIB (Produto Interno Bruto) local.

A maior parte do volume de recursos injetados pelo décimo terceiro vem dos trabalhadores do mercado formal, atingindo R$ 1,580 bilhão. O grupo é formado majoritariamente por assalariados dos setores público e privado, de modo que apenas 1,4% representa empregados domésticos com carteira assinada.

No Piauí, o número estimado de trabalhadores que receberá o pagamento do 13º salário é de 1.133.542, sendo que são mais de 622 mil aposentados e pensionistas. Os trabalhadores do mercado formal receberão o maior montante médio, R$ 3.094.73; enquanto os beneficiários do regime geral do INSS terão o menor, R$ 1.267,35.

Trabalhadores do Brasil começarão a receber o décimo terceiro (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

No Brasil, montante prospectado é de R$ 291 bilhões 

O pagamento do 13º salário tem o potencial de injetar aproximadamente R$ 291 bilhões na economia brasileira até dezembro de 2023. Esse montante representa cerca de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será distribuído entre trabalhadores do mercado formal, incluindo empregados domésticos, beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensões da União, estados e municípios. Segundo estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), aproximadamente 87,7 milhões de brasileiros serão beneficiados, recebendo em média um adicional de R$ 3.057.

Para calcular o pagamento do 13º salário em 2023, o DIEESE utilizou dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, juntamente com informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O cálculo incluiu assalariados com carteira assinada nos setores público e privado, empregados domésticos registrados, aposentados e pensionistas que recebiam proventos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Regime Próprio da União e regimes próprios dos estados e municípios em agosto de 2023.

É importante ressaltar que o cálculo do DIEESE não abrange autônomos, assalariados sem carteira assinada ou trabalhadores que recebem abonos de fim de ano por outras formas de inserção no mercado de trabalho, devido à falta de dados disponíveis sobre esses proventos. Além disso, não foram consideradas distinções de casos em que parte do 13º é recebida antecipadamente por meio de acordos coletivos de trabalho ou convenções coletivas de trabalho.