Tendência é que 2022 seja o ano em que a pandemia vai encerrar - Variantes: otimismo crescente com a ômicron e medo de surgirem novas versões do vírus

Passados dois anos desde que o Sars-CoV-2, o coronavírus causador da covid-19, foi descoberto em Wuhan, na China, o mundo parece estar mais próximo do fim do que do começo da pandemia. - Variantes: otimismo crescente com a ômicron e medo de surgirem novas versões do vírus

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Variantes: otimismo crescente com a ômicron e medo de surgirem novas versões do vírus

A detecção da ômicron na África do Sul no final de novembro representou um verdadeiro banho de água fria. Classificada rapidamente como uma variante de preocupação pela OMS, essa nova versão do coronavírus chamou a atenção pela quantidade e pela variedade de mutações. Muitas delas indicavam uma maior capacidade de infecção e um potencial para driblar a imunidade prévia, obtida com um quadro anterior de covid-19 e pela vacinação.

Passado um mês e alguns dias da descoberta, parte dessas projeções mais pessimistas se mostrou verdadeira: a ômicron de fato se espalhou rapidamente por várias partes do planeta, se tornou dominante em muitos países e está por trás dos recordes recentes de novos casos — em 28 de dezembro, por exemplo, o mundo teve pela primeira vez mais de um milhão de infecções pelo coronavírus registradas em 24 horas.

Por outro lado, alguns estudos publicados nos últimos dias trazem a esperança de que a covid-19 provocada por essa nova variante possa ser mais branda e causar menos hospitalizações e mortes.

"Já podemos afirmar, com um bom grau de certeza, que a ômicron é muito mais infecciosa que o vírus original, mas parece ser menos agressiva, especialmente entre as pessoas que já foram vacinadas", interpreta Hallal, que também é professor visitante da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos.

"Mas é necessário ponderar que essas informações ainda são preliminares e precisam ser confirmadas por outras pesquisas", complementa o epidemiologista.

"O que precisamos entender melhor agora é se essa variante apresenta alguma desvantagem e não consegue se replicar muito bem nos pulmões, o que levaria a quadros menos graves, ou se essa menor agressividade observada no momento é fruto de um artefato estatístico, já que indivíduos vacinados estão mais protegidos de hospitalização e morte", explica Pasternak.

E o fato de essa variante ser potencialmente menos agressiva também não significa que ela causará menos estragos no sistema de saúde. Com milhões de infectados, a procura por hospitais e pronto-socorros tende a subir, mesmo que em uma frequência menor em comparação com as ondas anteriores. Isso, por sua vez, pode desembocar em falta de insumos, leitos e profissionais da saúde.

Enquanto todas essas impressões não se confirmam, o próprio fato de ter surgido uma nova variante tão infecciosa serve de alerta para o mundo inteiro, apontam os especialistas.

Nada impede que outras versões virais ainda mais temerárias apareçam em 2022, principalmente se a vacinação continuar em marcha lenta nos países mais pobres do globo e em regiões das nações mais ricas onde há muitos cidadãos que se recusam a tomar as suas doses.



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