Não há uma explicação definitiva. Uma das hipóteses é a de que alguns dos milhares de produtos químicos contidos no fumo do tabaco possam causar danos permanentes nos tecidos, resultando em dor.
Uma outra é que fumar pode ter um efeito duradouro nos sistemas hormonais do corpo.
Essa possibilidade concentra-se especificamente no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (eixo HPA), que está envolvido no modo como reagimos à dor. Se o eixo HPA estiver desequilibrado, isso pode levar as pessoas a sentirem mais dor.
Todavia, como aponta a BBC, permanece a possibilidade de que fumar seja um sintoma, não a causa. Por exemplo, estudos associaram o traço de personalidade neurótico a uma dor mais intensa e a um maior risco de fumar.
Assim, pode ser que, em média, o tipo de pessoa com maior probabilidade de relatar ter mais dor também seja o tipo de pessoa com maior probabilidade de começar a fumar.
"Esta é certamente uma questão que necessita de ser investigada", concluiu Perski.
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