Rainy Boy: dance pop made in Teresina

Artista se inspira em referências musicais e experiências de vida para dar voz à música pop feita na capital

Rainy Boy é o nome artístico de Matheus de Jesus Rangel Lopes e Silva, jovem de 29 anos que nasceu em Teresina, Piauí. O "menino chuvoso", em uma tradução livre, chama atenção pela produção musical, disponível nas principais plataformas de streaming. Ele faz dance pop com originalidade.

A partir de referências musicais, que vão de nomes como Queen, Lady Gaga e outros, fazem uma mistura com as experiências pessoais de Matheus, que sonha em ser uma super estrela da música. Da música pop que ouvia na adolescência até os próprios questionamentos interpessoais.

Após lançar dois EPs, "Mar Negro" e "Noite Elétrica", o Rainy Boy quer ficar cada vez mais conhecido pelo público. A ideia é fazer álbuns, turnês e tudo aquilo que ele sempre viu os artistas que é fã fazerem. Até lá, ele permanece cantando e escrevendo canções, buscando a própria identidade.

Com uma sonoridade que vai do pop dançante até notas de rock melódico, Rainy Boy mostra que tem talento para buscar novos horizontes na música. Ele afirma que busca superar os desafios de ser um artista independente e alçar novos voos.

Para NOSSA GENTE, Rainy Boy é um exemplo de que a musicalidade a identidade cultural de Teresina se desenha através de gerações que estão produzindo e fazendo acontecer. Por enquanto, Matheus se apresenta em casas de show de Teresina.

Jornal Meio Norte: Quando você decidiu que iria cantar e escrever músicas?

Matheus Rangel: Desde a adolescência eu já meio que mexia informalmente com música, eu iniciei cantando junto com a minha irmã as músicas pop internacionais que amávamos, aos poucos começamos a compor escrevendo versões em português dessas mesmas músicas e fomos gravando CDs caseiros. Desde então, sempre soube que mais cedo ou mais tarde voltaria a fazer isso numa roupagem mais profissional.



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“Esse trabalho representa uma experimentação com um ritmo que eu sempre amei, que é o dance pop com inspiração retrô. Durante o isolamento, eu refleti bastante e decidi que queria soar completamente novo, sem me levar tanto a sério e ser mais divertido."
Matheus Rangel

JMN: Quais são suas maiores inspirações para os singles que você já lançou?

MR: Eu curto muito electropop, dance pop, pop rock e rock clássico em geral, e as maiores inspirações para escrever as músicas até agora foram Queen, The Killers, Lady Gaga, Madonna e Avril Lavigne. Um pop dramático, melódico, que fica na cabeça e com mensagem é algo que você definitivamente pode esperar de mim.


 

JMN: Suas músicas estão disponíveis em plataformas de streaming. Como você observa o retorno do público?

MR: Ainda é algo de muitos altos e baixos porque a verdade é que é muito difícil ser artista independente por essas bandas, mas é muito bom ver as pessoas ouvindo, compartilhando, dando feedbacks, se divertindo nos shows, cantando junto, me chamando pelo nome artístico Rainy Boy e me reconhecendo como um bom artista por onde ando.


JMN: Você lançou três singles com diferentes colaborações. Pensa em lançar um álbum?

JMN: Definitivamente, penso nisso e venho fazendo pequenos EPs, como o "Universo em Nanquim" (2020) e o "Noite Elétrica" (2022), já na intenção de tentar criar uma atmosfera musical mais ou menos homogênea para cada trabalho e de fazer evoluir isso o quanto posso. Se eu passar num edital garanto que vem aí.

JMN: Quais são seus planos para o futuro com a música?

MR: Eu planejo continuar experimentando com minhas influências, transitando pelos sons que meu coração mandar, sem me preocupar em me colocar em uma caixinha. Vamos por mais músicas, mais clipes, mais shows. O próximo trabalho já está na minha mente e prometo que vai ser animado, mas também reflexivo, na medida certa. Não acho que vou parar de dançar por agora!


JMN: Seu primeiro lançamento foi "Mar Negro", ainda em 2019. Essa música tem um significado especial por ter sido a primeira?

MR: Totalmente. Essa música foi a que me deu coragem para sentar comigo mesmo e pensar que realmente eu poderia ter uma carreira na música autoral, foi um momento em que de fato me percebi como compositor. É uma música sobre a primeira grande crise de ansiedade que tive lá em Luís Correia, sem diagnóstico, sem tratamento. Eu estava querendo me agarrar em qualquer coisa para me curar, e o mais próximo que eu tinha naquele momento de me trazer algum tipo de alívio era me banhar na água negra do mar daquela noite. Por isso o título da canção. É uma música muito forte e muito especial.

JMN: Seu último lançamento foi “Noite Elétrica”, o que as músicas do material representam na sua carreira?

MR: Esse trabalho representa uma experimentação com um ritmo que eu sempre amei, que é o dance pop com inspiração retrô. Durante o isolamento, eu refleti bastante e decidi que queria soar completamente novo, sem me levar tanto a sério e ser mais divertido. Uma vez em que o mundo estava sério, triste e sóbrio demais, o dance pop me salvou, me fez escapar e dançar. Mesmo que sozinho, mesmo que às vezes houvessem lágrimas em meus olhos. Foi o resultado do instinto de sobrevivência me dizendo “continue ouvindo, continue escrevendo, continue dançando, a música pode te salvar”. E salvou.

MN: O que você pensa sobre a música pop piauiense?

MR: Acho que é algo que mesmo que exista há algum tempo, ainda está tomando forma. Mas que já temos alicerces excelentes que vão desde o pop rock, como Validuaté, passeando pelo trap com Transtorno, no funk temos Nina Omilana, e o pop envolvendo ritmos mais regionais com Bia & Os Becks e Getúlio Abelha. Eu considero todos como pop em diferentes sentidos, são todos excelentes e eu estou muito animado para o futuro!

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