Pai de Luis Díaz, do Liverpool, é resgatado 12 dias após sequestro

Luis Manuel Díaz, pai do jogador da seleção colombiana e do Liverpool, Luis Díaz, foi libertado pela guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) nesta quinta-feira, após passar 12 dias em cativeiro na Colômbia. A ação de resgate foi conduzida pelas autoridades colombianas, contando com o apoio das Nações Unidas, conforme relatado pelo jornal colombiano Semana. 

O pai de Luis Díaz foi liberado no sul do departamento de La Guajira, onde recebeu os primeiros socorros e foi avaliado em boas condições de saúde. Após isso, foi transferido para Valledupar, onde recebeu apoio da ONU e da Igreja Católica. O processo de resgate de Luis Manuel demorou mais do que o esperado, uma vez que o ELN havia condicionado sua libertação à retirada das forças armadas colombianas de uma área previamente vasculhada por eles.

Emocionalmente abalado com a situação, Luis Díaz não participou da partida do Liverpool contra o Nottingham Forest. O atacante retornou na rodada anterior, enfrentando o Luton Town, e marcou o gol de empate para os Reds. Durante a comemoração, ele ergueu a camisa, revelando outra por baixo, com a mensagem "liberdade para papai". 

No dia 28 de outubro, os guerrilheiros do ELN sequestraram os pais do atacante do Liverpool enquanto eles viajavam em uma van em Barrancas, um povoado indígena de origem da família, localizado no departamento de La Guajira, no norte do país. Na mesma data, Cilenis Marulanda, mãe do jogador de futebol, foi libertada. Mais de 200 policiais uniformizados seguiram com as buscas pelo pai, continuando as operações na vizinha Serranía del Perijá, próxima à fronteira com a Venezuela. 

No domingo, um comunicado do ELN afirmou que a pressão militar impossibilitou a "execução do plano de libertação com rapidez e segurança", levando à retirada das tropas pelo exército. Na segunda-feira, o ELN decretou uma "greve armada" de 72 horas no departamento de Chocó, no sudoeste, resultando em restrições à mobilidade dos residentes. O sequestro de Manuel Díaz abala o processo de paz que o ELN vinha mantendo com o governo do líder de esquerda Gustavo Petro desde novembro, assim como o cessar-fogo bilateral de seis meses acordado entre as partes desde 3 de agosto.