Webber anuncia que deixa F-1 no fim do ano para poder disputar Endurance

Aos 36 anos, australiano acertou com a Porsche e disputará o Mundial de Endurance. Kimi Raikkonen pode ser seu substituto na RBR em 2014

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Mark Webber anunciou, na manhã desta quinta-feira, que deixará a Fórmula 1 no fim da temporada. O piloto australiano de 36 anos comunicou o acerto com a Porsche, para fazer parte da empreitada da montadora no Mundial de Endurance, confirmando os rumores que surgiram em meados de abril. O campeonato conta com a lendária prova 24 Horas de Le Mans, corrida que já disputou duas vezes, em 1998 e 1999, antes de entrar na F-1. Com a decisão, o tricampeão Sebastian Vettel poderá ter em 2014 o finlandês Kimi Raikkonen, hoje na Lotus, como companheiro na RBR. Outro nome cotado é o de Daniel Ricciardo, também da Austrália e revelação da STR. A escuderia austríaca afirmou que a decisão sobre o substituto do australiano não será feita até o fim da atual temporada.

- Vejo a Fórmula 1 como o auge absoluto do automobilismo. Trabalhei com pessoas incríveis, especialmente Adrian Newey (projetista da RBR). Pilotei em algumas das condições e pistas mais difíceis e desafiadoras, algo que continuarei a fazer até o fim do ano. Sentirei um pouco de saudade disso? Sim, claro. Mas o tempo não para e é hora de passar para o meu próximo desafio.

Mark Webber estreou na Fórmula 1 em 2002 na Minardi. Defendeu a Jaguar nos dois anos seguintes e a Williams em 2006. Sua história na RBR começou em 2007. Pela equipe austríaca, conquistou suas nove vitórias na categoria, além de 11 poles. Webber soma 36 pódios (35 pela RBR e 1 pela Williams) em 205 corridas. Suas melhores colocações em Mundiais foram dois terceiros lugares, em 2010 e 2011.

Desentendimento com Vettel na Malásia não teria influenciado na decisão

Webber garante que a polêmica do GP da Malásia, quando perdeu a vitória ao ser ultrapassado por Vettel, que desobedeceu as ordens da equipe, não influenciou em sua decisão.

- Não. Eu já tinha um plano pessoal e estou preso a este projeto. É um próximo capítulo.

Semanas atrás, a RBR declarou que sentaria com o australiano para conversar sobre seu futuro na equipe, dando margem para uma possível continuidade. Webber afirma que realmente tinha a opção de seguir na F-1, mas preferiu buscar novos desafios.

- Sim (tive). Mas a F-1 não estava mais no meu radar para 2014. Não considerava a possibilidade. Não pedi mais trabalho para a equipe, mas permaneci em contato Dietrich Mateschitz (dono da empresa de energéticos que comanda a escuderia) nos últimos seis a oito meses e ele foi de extrema qualidade comigo. Vou permanecer dentro da família, trabalhando com a marca e apoiando outros atletas.

Idade pesou

Piloto mais velho do grid atual da F-1 com 36 anos, Webber admite que a idade pesou na decisão.

- É claro que você gostaria de fazer toda sua carreira na Fórmula 1 com a força dos 25 anos. Pergunte a qualquer desportista em meados de seus trinta e tantos anos e eles te dirão que as coisas não se tornam mais fáceis. Isso é um fato do desporto profissional.

24 Horas de Le Mans no currículo e acidente impressionante

Após o fim de sua passagem de 12 anos na F-1, Webber se juntará à Porsche para trabalhar no novo programa esportivo da montadora alemã, que pretende ingressar no Mundial de Endurance a partir de 2014 na categoria de protótipos LMP1, a principal do campeonato.

- É uma honra para mim fazer parte da Porsche em seu retorno ao topo da categoria em Le Mans e no Campeonato Mundial de Endurance. Estou muito ansioso por este novo desafio depois do meu tempo na Fórmula 1. Porsche, sem dúvida, estabeleceu metas muito ambiciosas. Mal posso esperar para pilotar um dos carros esportivos mais rápidos do mundo ? frisou Webber.

Provas de resistência não serão novidades para o australiano. Antes de ingressar na F-1, ele disputou as 24 Horas de Le Mans por duas vezes, em 1998 e 1999, com a Mercedes. Na segunda participação, inclusive, sofreu um de seus piores acidentes da carreira, quando seu carro literalmente decolou.

- Aceito que automobilismo é perigoso, mas Le Mans é um dos mais famosos circuitos do mundo. E, para ser honesto, ainda vejo isso como um negócio inacabado e quero mandar bem lá. Le Mans pode ser cruel, como acabamos de ver, mas é extremamente gratificante e isso é parte do fascínio ? disse, lembrando do acidente fatal do dinamarquês Allam Simonsen na edição deste ano da prova, disputada no último fim de semana.



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