Brasileira na Ucrânia revela dificuldades para sair do país após invasão

A esposa do jogador Vitor Eduardo, Camila Souza, foi entrevistada pela jornalista Karla Berger durante o programa Mixtura, da Rede Meio Norte

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Entrevista ao programa Mixtura | Reprodução
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O jogador Vitor Eduardo, um dos brasileiros que atua no futebol ucraniano, está na Ucrânia e vive junto com a sua família o medo e a insegurança no país após invasão russa. A esposa do jogador, Camila Souza, foi entrevistada pela jornalista Karla Berger durante o programa Mixtura, da Rede Meio Norte e relatou a situação.

"Recebemos a informação que iria sair um trem de Kiev para uma cidade próxima à Romênia, a gente pegou todo mundo e saiu correndo, por conta própria. A gente acabou de chegar na estação de trem, acabamos de entrar no trem", relatou.

O casal tem um filho de apenas 3 meses e tentam sair do país.

"A gente ficou quase três dias dentro de um subsolo no hotel. Sem janela, sem nada, a fralda acabando. A todo momento eles [as autoridades] pediam calma. Tinha instruções de ficar em casa e a cada dia os russos chegando mais perto de onde a gente estava. Hoje de madrugada a gente tentou sair de casa mas ouvimos um tiroteio na rua de trás", detalhou.

Camila informou que outros países enviaram suporte aos seus cidadãos, mas ainda aguarda um posicionamento do Brasil.

"A embaixada portuguesa mandou tirar portugueses do hotel, embaixada israelense tirou dois israelenses do hotel mas não tivemos nenhum amparo da embaixada brasileira. A única coisa que o Itamaraty tinha falado era de um plano [de saída] com segurança. Disponibilizou um trem mas não garantiu que todos entrariam no trem. Hoje a gente veio por conta própria para tentar sair dessa cidade porque a situação está cada dia pior, é desesperador", comentou.

Neste sábado (26), Camila publicou em suas redes sociais um apelo para as autoridades para retirar os brasileiros do país, com segurança. De acordo com ela, entre os brasileiros estão oito crianças.

Críticas

Camila Souza também comentou sobre os questionamentos que a família vem recebendo por não ter saído do país antes da guerra.

"Jogador de futebol é um funcionário do clube, ele tem regras a seguir. Não é tão simples. Até o dia que a bomba caiu na Ucrânia, o técnico estava falando que eles iam ter treino, então não tivemos liberação para sair da cidade".

E completou: "O que eu peço às pessoas é que rezem para a gente sair do país o quanto antes", finalizou.

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