Cabo suspeito de furtar armas do Exército apresenta atestado médico

O cabo compareceu ao Arsenal de Guerra na tarde da última sexta-feira (27), acompanhado de um advogado e portando o atestado médico.

Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri, de onde foram furtadas 21 armas - | Zanone Fraissat - 17.out.21/Folhapress
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Um cabo das Forças Armadas, apontado como um dos principais suspeitos do furto de 21 armas do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, apresentou um atestado psiquiátrico após se ausentar um dia do quartel na região metropolitana de São Paulo, de acordo com informações da Folha de São Paulo.

O cabo compareceu ao Arsenal de Guerra na tarde da última sexta-feira (27), acompanhado de um advogado e portando o atestado médico. Ele atuava como motorista do ex-diretor da unidade, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, que foi exonerado após o roubo das armas, embora não seja suspeito de envolvimento no crime.

As investigações apontam que o cabo teria utilizado uma picape pertencente ao diretor da unidade para transportar as armas para fora do quartel. Ele é um dos seis militares suspeitos de participação direta no roubo das armas, e o Exército solicitou a prisão preventiva deles ao Superior Tribunal Militar. Até a manhã deste sábado (28), nenhum dos suspeitos havia sido preso.

Todas as investigações e procedimentos relacionados ao caso estão sob sigilo, conforme determinação do juízo da 2ª Auditoria da 2ª Circunscrição Judiciária Militar.

Inicialmente, foi divulgado que sete militares do Arsenal de Guerra eram suspeitos do crime, e o Exército afirma que não houve envolvimento de civis no quartel.

Caso sejam presos, os seis militares serão detidos no 2º Batalhão de Polícia do Exército em Osasco, onde há celas. Eles permanecerão lá até a conclusão do inquérito ou até que se solicite uma transferência.

Dezenove militares foram condenados a prisões administrativas nesta semana, com penas variando de 1 a 20 dias de detenção na própria unidade em Barueri, embora sem ficarem em celas. Essas punições podem afetar a progressão na carreira militar. Os 19 militares cumprem pena disciplinar devido a "falhas de conduta e/ou erros de procedimento nos processos de fiscalização e controle de armamento".

Os detidos fazem parte de um grupo de 20 militares responsáveis pela vigilância das instalações quando as armas foram roubadas. Das 21 armas furtadas, 17 foram recuperadas pelas polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo. No entanto, quatro metralhadoras capazes de derrubar helicópteros permanecem desaparecidas. O Exército aguarda a devolução das oito armas encontradas no Rio de Janeiro para perícia.

O roubo das armas ocorreu nas primeiras horas do feriado de 7 de Setembro, quando o quartel estava vazio. A investigação militar constatou que o circuito de energia do Arsenal de Guerra foi desligado por alguns minutos, desativando as câmeras de segurança e o alarme do paiol, que é acionado por movimento. Sem esses sistemas de segurança, pelo menos três militares, incluindo o cabo que apresentou o atestado médico, teriam agido diretamente para abrir o armário que guardava as armas, que posteriormente foram transportadas no veículo do Exército para fora do quartel.

O desaparecimento das armas só foi percebido em 10 de outubro, quando foi descoberto que o cadeado e o lacre do local haviam sido trocados. Como resultado, os 480 militares do Arsenal de Guerra de São Paulo ficaram em quarentena no quartel por uma semana, com a liberação ocorrendo gradualmente até a última terça-feira (24), quando os últimos 40 militares retidos foram autorizados a sair do local.



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