Cármen Lúcia autoriza abertura de inquérito para investigar Milton Ribeiro

O pedido da PGR e teve como base a suspeita de que o ministro teria favorecido pedidos de pastores na concessão de verbas públicas

Avalie a matéria:
ministra Cármen Lúcia | Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (24) a abertura de um inquérito para apurar suspeitas de que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, estaria favorecendo pedidos de pastores na liberação de recursos do ministério para prefeituras de aliados. A ministra atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O ministro vai comparecer à Comissão de Educação no Senado na próxima quinta-feira, 30, sob a forma de convite. O requerimento do senador Randolfe Rodrigues foi aprovado pela  Comissão. 

O pedido da PGR foi feito nesta quarta-feira (23) e teve como base a suspeita de que o ministro teria favorecido pedidos de pastores na concessão de verbas públicas. Segundo a procuradoria, o inquérito vai apurar "se pessoas sem vínculo com o Ministério da Educação atuavam para a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado à pasta".

Em sua decisão, Cármen Lúcia disse que a PGR não pode ignorar o que foi narrado nas representações que questionam a conduta do ministro da Educação e que "há de se investigar e esclarecer, de forma definitiva".

"A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede que os órgãos públicos competentes ignorem o que se aponta na notícia, sendo imprescindível a apuração dos fatos relatados, com o consequente e necessário aprofundamento da investigação estatal e conclusão sobre o que noticiado", disse a ministra.

A ministra escreveu também que tratam-se de "fatos gravíssimos e agressivos à cidadania e à integridade das instituições republicanas".

"Se dá notícia de fatos gravíssimos e agressivos à cidadania e à integridade das instituições republicanas que parecem configurar práticas delituosas", afirmou Cármen Lúcia.

"A gravidade do quadro descrito é inconteste e não poderia deixar de ser objeto de investigação imediata, aprofundada e elucidativa sobre os fatos e suas consequências, incluídas as penais", afirmou a ministra do Supremo no documento.

Nesta segunda-feira (21), o jornal "Folha de S.Paulo" divulgou um áudio em que Milton Ribeiro diz que repassa verbas a municípios indicados pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. A declaração teria sido dada durante uma reunião do ministro com prefeitos.



Cármen Lúcia negou a realização de uma perícia no áudio de Milton Ribeiro.

A ministra autorizou a tomada de depoimentos de:

-Milton Ribeiro;

-Gilmar Santos;

-Arilton Moura;

-Nilson Caffer;

-Adelícia Moura;

-Laerte Dourado;

-Doutor Sato e Calvet Filho.

Cármen Lúcia ainda estabeleceu que o Ministério da Educação e à Controladoria-Geral da União (CGU) prestem explicações, em 15 dias, sobre cronograma de liberação das verbas do Fundo Nacional.

(Por: G1) 




Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES